O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tirou nesta sexta-feira (9) o sigilo do vídeo da reunião de Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros de 5 de julho de 2022. No encontro, o ex-presidente aparece dizendo que era necessário agir antes das eleições para que o país não virasse “uma grande guerrilha".
Na sua decisão, o ministro justificou a ação devido a divulgação de trechos na imprensa. A íntegra foi disponibilizada no site da Corte.
O material foi apreendido na cada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e foi um dos embasamentos para Operação "Tempus Veritatis" – "hora da verdade”.
No vídeo, Bolsonaro também disse que haveria um acordo para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) eleger Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda no primeiro turno. Ele não apresentou provas da denúncia.
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"Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar levanta braço. Acredita que eles são pessoas isentas? Que estão preocupados em fazer justiça, seguir a constituição?", questiona Bolsonaro.
Moraes também afirmou que o conteúdo do vídeo revela nitidamente “arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte”.
Pelas redes sociais, Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, afirmou que as falas do ex-presidente "são parte da democracia" e que na reunião ele condenou o uso de força.
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