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Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr/Palácio do Planalto

Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante da Aeronáutica (FAB) Carlos Almeida Baptista Júnior afirmou que, se o Exército tivesse concordado, um Golpe de Estado teria sido aplicado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente. A informação foi dado pela Folha de S.Paulo, que teve acesso ao depoimento.

"Indagado se o posicionamento do general Freire Gomes foi determinante para que uma minuta de decreto que viabilizasse um golpe de Estado não fosse adiante respondeu: que sim, que caso o comandante tivesse anuído, possivelmente, a tentativa de golpe de Estado teria se consumado", diz trecho do depoimento.

A fala foi dada no inquérito das milícias digitais, que um dos pontos de investigação é uma suposta tentativa de golpe do governo Bolsonaro.

Além de Baptista Júnior, Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, prestou depoimento à PF. Durante sete horas, ele deu diversos detalhes sobre reuniões com Bolsonaro, inclusive que o ex-presidente lhe apresentou a minuta de um decreto que instauraria um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Ambos deram depoimentos porque foram citados na representação que deu origem à operação Tempus Veritatis, deflagrada em 8 de fevereiro e que fez buscas contra Bolsonaro e prendeu militares apontados como integrantes da trama golpista.

Baptista Júnior também afirmou à PF que Freire Gomes chegou a comunicar que iria prender Bolsonaro caso ele tentasse colocar em prática um golpe de Estado.

"Depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de alguns instituto previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então comandante do Exército, General Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República", disse os ex- comandante da FAB.

A dupla negou participação na trama golpista. Na análise da PF, os dois resistiram "às investidas do grupo golpista”. Porém, ainda haverá uma apuração por uma “possível conduta comissiva por omissão, pelo fato de terem tomado ciência dos atos que estavam sendo praticados”.

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Os dois ainda citaram dois outros militares de alta patente: o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos.

Vale lembrar que Bolsonaro não foi indiciado até o momento nesta investigação.