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Em protesto, indígena esfrega tinta no rosto de defensores de rodovia na Amazônia

O ato foi realizado em contraposição à construção de ferrovia que irá do Mato Grosso ao Pará


08/05/2024 15h53

Indígenas da aldeia de Muruary, do Baixo Tapajós, no Pará, protestaram nesta terça-feira (8) contra a construção da ferrovia EF170, a Ferrogrão, esfregando urucum no rosto dos participantes presentes em seminário que discutia sobre o assunto na Universidade do Oeste do Pará. 

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Os povos da região pressionam o governo federal a adiar o andamento da viabilização desta proposta que prevê a construção de uma ferrovia com 993 km de extensão, ligando o Porto de Miritituba (PA) ao município de Sinop (MT). Este projeto é defendido por setores do agronegócio como uma rota alternativa à BR-163, principal via de fluxo no Centro-Oeste.

Para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a obra afetará não apenas os povos, mas toda a biodiversidade da região, que é alvo de extinção, e enfrenta a resistência de povos como o Kayapó das Terras Indígenas Baú e Menkragnoti.

"O urucum simboliza a resistência dos 14 povos do Baixo Tapajós, representando a luta ancestral dos povos indígenas que estão em risco caso o referido projeto seja aprovado", explica a Apib, sobre o protesto do líder indígena Naldo Kumaruara.

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O projeto estava paralisado desde 2021, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, concedeu uma liminar para paralisar os estudos e contratações da obra. Para o avanço da proposta, agora dependerá da consulta aos indígenas da região.

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