Emmanuel Macron, presidente da França, dissolveu a Assembleia Nacional neste domingo (9) e convocou eleições legislativas antecipadas.
A decisão ocorre após seu partido, o Renascimento, registrar perda para a oposição de extrema direita no pleito do Parlamento Europeu. Agora, a nova votação acontecerá em dois turnos, em 30 de junho (1º turno) e 7 de julho (2º turno).
Institutos de pesquisa franceses projetam o partido Reunião Nacional (RN) à frente dos demais. Liderado por Jordan Bardella, obteve cerca de 32% dos votos, mais que o dobro dos 15% da chapa de Macron.
Em audiência estridente na sede do RN, o político afirmou que: “Essa derrota sem precedentes para o atual governo marca o fim de um ciclo e o dia 1 da era pós-Macron”.
Macron expôs que a ascensão de nacionalistas é um perigo para a Europa e comentou sobre a decisão tomada: “Esta decisão é séria, pesada. Mas é, acima de tudo, um ato de confiança. Confiança em vocês, meus caros compatriotas. Na capacidade do povo francês de tomar a decisão mais justa”.
No sistema francês, as eleições parlamentares são realizadas para eleger os 577 membros da Assembleia Nacional. Eleições separadas são realizadas para escolher o presidente do país, que não estão agendadas novamente até 2027.
Nas últimas eleições legislativas, realizadas em 2022, a coalizão Ensemble, incluindo o Renascimento, não conseguiu uma maioria geral e teve que buscar ajuda.
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