Moraes vota para condenar à prisão réu que derrubou relógio de Dom João VI
O histórico relógio de Balthazar Martinot trazido para o Brasil em 1808, virou um dos símbolos dos atos golpistas na sede da Presidência
21/06/2024 11h35
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou na manhã desta sexta-feira (21) para condenar a 17 anos inicialmente em regime fechado de prisão Antonio Claudio Alves Ferreira, um dos invasores do Palácio do Planalto durante os ataques do dia 8 de janeiro de 2023. O homem foi responsável por quebrar o histórico relógio de Balthazar Martinot.
Leia mais: Com mais de 100 milhões ocupados, Brasil bate recorde de empregos em 2023, diz IBGE
A obra, trazida por Dom João VI para o Brasil em 1808, virou um dos símbolos dos atos golpistas na sede da Presidência. O relógio é feito de casco de tartaruga e com um tipo de bronze que não é fabricado há dezenas de anos. No começo de 2024, a peça foi enviada para restauração na Suíça.
Além do item vandalizado no Planalto, há só mais um relógio feito pelo artista, exposto no Palácio de Versalhes, na França. Esse outro relógio tem a metade do tamanho da peça que foi destruída no dia 8 de janeiro do ano passado.
Moraes votou para condenar o réu pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
A Corte analisa o caso em sessão virtual que começou nesta sexta (21) e vai até 28 de junho. No formato, não há debate entre os ministros, que apresentam seus votos de forma virtual. Ferreira se tornou réu no STF pela participação nos ataques que culminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Leia também: IR 2024: Receita Federal libera consulta ao segundo lote de restituição; veja como fazer
REDES SOCIAIS