O primeiro Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) é inaugurado em Canoas, na região metropolitana do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (4).
Inicialmente chamado de "cidade provisória" e situado próximo à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), o espaço foi planejado para garantir atendimento humanizado a famílias que perderam suas casas nas enchentes.
Denominado Recomeço, dispõe de 126 unidades habitacionais, cedidas pela Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e montadas pelo Exército Brasileiro, com capacidade para acolher cerca de 630 pessoas em 30 mil metros quadrados.
A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das fortes chuvas que atingiram o estado recentemente: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.
Montada com "sistema octanorm (tubos de alumínio com oito lados) e placas de TS (material compacto e estável), a estrutura traz banheiros, refeitório, lavanderia coletiva, berçário, fraldário, posto médico, policiamento 24h, ambientes multiuso e espaços para crianças e para animais de estimação. Além de serviços de água, saneamento, energia elétrica e wi-fi gratuito.
Canoas é o município com mais óbitos registrados, com a confirmação de 31 mortos. A estimativa da prefeitura é de que cerca de 150 mil cidadãos tenham sido atingidos no município, sendo que 104 mil foram para abrigos institucionais e voluntários.
Ao todo, a cidade tem 347.657 habitantes, segundo o censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Além deste lançamento, o governo do Rio Grande do Sul já tem programadas outras duas inaugurações de centros de acolhimento: no dia 10 de julho será inaugurada uma "cidade provisória" em Porto Alegre e, na semana seguinte, Canoas recebe mais um centro humanitário.
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