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Reprodução | Instagram @jlmelenchon
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As eleições na França tiveram o maior comparecimento em 43 anos. No último final de semana, 67% dos eleitores foram às urnas.

O resultado foi uma virada histórica dos partidos de esquerda e de centro sobre a extrema direita no segundo turno. O presidente, Emmanuel Macron, manteve o primeiro-ministro no cargo até que um novo nome de consenso seja escolhido.

Para o segundo turno das eleições, os partidos de centro e de esquerda retiraram candidaturas concorrentes em diversos distritos para juntarem seus votos contra os candidatos da extrema direita.

A Coalizão Nova Frente Popular, de esquerda, teve a maior votação, conquistando 182 assentos na assembleia nacional. O bloco de centro Juntos, de Macron, fez 168 deputados.

A extrema direita, o Reunião Nacional de Marine Le Pen, que havia vencido no primeiro turno e parecia destinada a conquistar o governo, foi a terceira colocada, com 143 cadeiras. Ainda assim, fez 55 cadeiras a mais do que em 2022.

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Mesmo perdendo, o bloco de Le Pen foi o partido que mais cresceu. Ela disse que a vitória foi apenas adiada. Jordan Bardella, jovem líder do Reunião Nacional, disse que as eleições e os acordos políticos jogaram o país nos braços da esquerda e chamou um provável acordo entre esquerda e centro de "aliança da desonra"

Assim que os resultados foram divulgados, a população lotou a Praça da República para comemorar a derrota da extrema direita.

A viabilidade de um governo juntando esquerda e centro ainda é incerta. Os dois blocos têm líderes que pensam diferente em muitos tópicos, como a reforma da previdência francesa.

O primeiro-ministro, Gabriel Attal, chegou a pedir renúncia, mas o presidente Macron pediu que ele fique no cargo durante o desenrolar das negociações.

Agora, as duas forças políticas mais votadas devem negociar para formar uma aliança. Temas como imposto, imigração e política externa para o Oriente Médio tornam o cenário desafiador.

Saiba mais na matéria do correspondente da TV Cultura na Europa, Leão Serva, que foi ao ar esta segunda-feira (8) no Jornal da Cultura:

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