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Reprodução / Facebook Nicolás Maduro
Reprodução / Facebook Nicolás Maduro

Os resultados eleitorais na Venezuela saíram apenas na madrugada desta segunda-feira (29), por volta de 1h da manhã no horário local, 2h no horário de Brasília.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão que apura e divulga os resultados eleitorais, atribuiu a demora na divulgação dos resultados a uma "agressão contra o sistema de transmissão de dados que atrasou de maneira adversa a transmissão dos resultados dessa eleições presidenciais".

Posteriormente, a entidade comunicou que com 80% das máquinas de votação apuradas percebeu-se a tendência "contundente e irreversível" de que Maduro seguirá no poder por mais seis anos. De acordo com o CNE, o atual presidente recebeu 51,2% dos votos, contra 44,2% do candidato da oposição, Edmundo González.

Minutos após o anúncio do CNE, Nicolás Maduro fez seu primeiro pronunciamento e falou que o site do órgão sofreu um "ataque hacker" numa tentativa de "evitar que a população tivesse acesso aos resultados". Além disso, afirmou que o governo já sabe quem coordenou o ataque.

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Do outro lado, a oposição alega que o resultado foi fraudado. Também após o anúncio, a líder Maria Corina Machado disse em entrevista coletiva que foi Edmundo González quem ganhou as eleições.

Segundo ela, quatro auditores independentes mostram que González foi o vencedor das eleições em todos os estados. "Todo mundo sabe o que aconteceu aqui".

Ela ainda aponta que as pesquisas de boca de urna mostram uma vitória de González por 70%, contra 30% de Maduro, no que seria a maior vantagem da história do país.

Por fim, Corina e González pediram uma "vigília" nos centros de votação para garantir uma contagem própria dos votos e, assim, fazer uma comparação com os resultados que serão divulgados pelo CNE.

No começo do domingo (28), após votar, Maduro afirmou que reconheceria o árbitro eleitoral e garantiria que os resultados fossem respeitados. No dia 17 de julho, ele declarou que o país poderia enfrentar um "banho de sangue" e uma "guerra civil" se não fosse reeleito.

O dia de votação foi marcado por longas filas em algumas seções eleitorais, mas não foram registradas intercorrências graves ao longo de todo o período de urnas abertas. O voto não é obrigatório na Venezuela.