O pacifista japonês Takashi Morita morreu nessa terça-feira (13), em São Paulo, aos 100 anos. Ele foi um sobrevivente da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos em Hiroshima em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.
A morte foi comunicada em uma nota de pesar divulgada nas redes sociais da Escola Técnica Estadual (Etec) de Santo Amaro, zona sul da capital, que leva o nome de Takashi desde 2019.
“Em Hiroshima, com 21 anos de idade, fui batizado pela bomba atômica. De repente, um grande clarão. E com o grande impacto, fui arremessado uns 10 metros. Um prédio de dois andares que estava na minha frente foi esmagado instantaneamente”, contou o pacifista.
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A bomba explodiu a cerca de 1,3 km de distância de onde Morita estava. Ele ainda viveu em seu país de origem por mais 12 anos. Durante esse período, foi diagnosticado duas vezes com leucemia e fez tratamentos.
A explosão matou cerca de 140 mil pessoas. Morita era policial militar e, após a tragédia, se mudou para o Brasil em 1957, aos 33 anos. Apesar disso, foi só aos 60 que ele se tornou um ativista pela paz. Ele fundou a Associação de Sobreviventes da Bomba Atômica. A associação chegou a ter 270 membros.
Durante os últimos 40 anos, por onde foi palestrar, Takashi Morita repetiu sempre o mesmo pedido: “Nunca mais, neste mundo, bomba atômica”.
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