O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano chamou de "ilegal" o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) que alerta para a falta de transparência na eleição do país. A publicação do órgão, ligado ao presidente Nicolás Maduro, foi feita nesta quarta-feira (14) e excluída minutos depois.
O comunicado alegou que o relatório, divulgado nesta terça-feira (13), é "panfletário", "fraudulento" e que está "repleto de mentiras".
"O Poder Eleitoral da República Bolivariana da Venezuela repudia a publicação do denominado 'Relatório Preliminar' do Painel de Peritos da ONU sobre a Eleição Presidencial realizada na Venezuela em 28 de julho de 2024. Esse relatório é ilegal, contrário aos princípios da própria ONU, violando os Termos de Referência acordados com este Poder Constitucional e, sobretudo, está repleto de mentiras e contradições", disse a publicação do CNE.

Foto: Reprodução X - @cneesvzla
Leia também: Moraes diz que seguiu procedimento normal no TSE: “Não há nada a esconder”
Entre as assinaturas no texto, está a de Elvis Amoroso, presidente do CNE e aliado de Maduro. Em julho, o Conselho declarou Maduro vencedor da eleição venezuelana, com 51,95% dos votos.
O documento, tornado público na terça (13), foi produzido por especialistas de um painel eleitoral independente, que estiveram durante um mês na Venezuela para acompanhar o pleito. A ONU chegou a dizer que o relatório seria confidencial, mas decidiu torná-lo público.
Leia também: Maduro chama TikTok de 'imoral' e diz que rede social quer guerra civil na Venezuela
REDES SOCIAIS