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Foto: Antonio Augusto/STF
Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se pronunciou nesta quarta-feira (18) pela primeira vez após o jornal "Folha de S. Paulo" revelar que ele teria usado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para investigar bolsonaristas.

“Nenhuma das matérias preocupa meu gabinete, me preocupa, ou a lisura dos procedimentos. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de investigações já existentes”, afirmou Moraes.

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Além disso, Moraes afirmou que seria "esquizofrênico" se auto-oficiar, ou seja, por ser presidente do TSE, ele tinha poder de polícia e não precisava oficializar os pedidos para ele mesmo.

"Seria esquizofrênico, como presidente do TSE, me auto-oficiar. Como presidente, tenho poder de polícia e posso, pela lei, determinar a feitura dos relatórios", disse Moraes.

A fala foi feita no começo da sessão plenária do Supremo. Moraes apresentou justificativas sobre os procedimentos e disse que tudo foi oficializado nos autos.

“Presidente [Barroso], eu não quero cansá-los, mas é importante fazer a menção de que todos, exatamente todos os relatórios, a juntada, a ciência são documentadas. As matérias jornalísticas se referiram a oito pedidos de relatórios. Todos estes documentados”, ressaltou.

"Não há nada a esconder, todos os documentos oficiais juntados à investigação correndo pela PF, todos já eram investigados previamente, e todos os recursos contra minhas decisões, as decisões foram mantidas pelo plenário do STF", completou o ministro.

Na sessão desta quarta-feira (14), Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou o caso de “tempestade fictícia”. "Na vida às vezes existem tempestades reais e às vezes existem tempestades fictícias. Acho que estamos diante de uma delas".

“Todas as informações que foram solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes referiam-se a pessoas que já estavam sendo investigadas, portanto, inquéritos que já estavam abertos. Informações voltadas à obtenção de dados diante da denúncia de reiteração das condutas de desinformação e de circulação de ataques à democracia e de discursos de ódio”, afirmou Barroso.