Fumaça de incêndios na Amazônia e Pantanal afetam 10 estados do país e alerta para saúde
A qualidade do ar nas cidades afetadas está sendo prejudicada pela presença de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio
22/08/2024 12h20
A fumaça dos incêndios na Amazônia e no Pantanal se espalhou por ao menos dez estados brasileiros na última terça-feira (20), alcançando regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.
Esse fenômeno é resultado de um sistema de ventos que transporta a fumaça e umidade ao longo da América do Sul, conhecido como rios voadores, que na estação seca acaba levando a poluição por milhares de quilômetros.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a atual temporada apresenta o maior número de focos de queimadas em 17 anos, exacerbado pela seca que afeta mais de mil cidades brasileiras.
Os ventos carregam a fumaça da Amazônia e do Pantanal do Norte para o Sul e Sudeste, seguindo uma rota que passa pelos Andes e é influenciada por frentes frias. Dependendo da intensidade das frentes frias, a trajetória da fumaça pode ser desviada ou intensificada, afetando ainda mais as áreas já atingidas ou até mesmo retornando para o Norte, aumentando a poluição em locais como Manaus.
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A qualidade do ar nas cidades afetadas está sendo prejudicada pela presença de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio, aumentando os riscos para a saúde, especialmente para idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) alertam para os cuidados necessários.
A temporada de incêndios deste ano tem sido particularmente grave, com um aumento significativo nos focos de incêndio comparado aos anos anteriores. O Pantanal, por exemplo, sofreu um aumento de 1.593% nos focos de incêndio em comparação ao ano passado. A atual onda de calor e baixa umidade também contribui para a propagação dos incêndios.
No combate aos incêndios, o governo federal mobilizou recursos e brigadistas, incluindo R$405 milhões do Fundo Amazônia e outros créditos extraordinários para o Pantanal e combate a incêndios.
Apesar dos esforços, a situação continua crítica e a fumaça deve persistir até que uma frente fria potencialmente altere o padrão de transporte da fumaça ou traga alívio para as áreas afetadas.
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