Pesquisadores brasileiros detectaram uma nova variante do vírus HIV circulando no país. Segundo o estudo, foram encontrados quatro registros em três estados.
O estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia e da Fundação Oswaldo Cruz identificou a nova cepa no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. A variante "crf146_bc" pode ter sido combinada no organismo de uma pessoa infectada pelas cepas que representam 80% dos casos no Brasil: a "B" e a "C".
Ainda não há evidências de que a variante seja mais transmissível ou resistente aos medicamentos disponíveis hoje para prevenir e tratar o HIV.
Segundo Álvaro Furtado, infectologista do HC e diretor da Sociedade Paulista de Infectologia, é importante tranquilizar tanto as pessoas que vivem com o vírus, quanto as que tomam a medicação preventiva para ele, já que essas variantes continuam sendo cobertas pelo tratamento atual.
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O estudo reforça a grande capacidade de mutação do HIV, característica que explica a complexidade na busca pela cura ou por uma vacina preventiva. Em todo o mundo, cerca de 40 milhões de pessoas vivem com HIV e ainda lidam com estigmas.
Carlos Brites, professor da UFBA e co-autor do estudo, ressalta a importância de realização de estudos sobre o vírus como forma de monitoração da doença.
“Nos permite entender a dinâmica da infecção, ver se está havendo alguma mudança que possa eventualmente ocasionar um impacto maior do ponto de vista de saúde pública”, argumenta.
O HIV é transmitido principalmente pelo sexo desprotegido e pelo uso de seringas e instrumentos perfurantes contaminados. O compartilhamento de objetos e contatos físicos, como beijos e abraços, não são formas de infecção.
Saiba mais na matéria sobre o tema que foi ao ar esta terça-feira (27) no Jornal da Tarde:
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