A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho, menor índice para o período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (30), mostram uma recuperação significativa do mercado de trabalho no país. A redução de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a taxa era de 7,5%, e de 1,1 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2023 reflete uma melhora contínua nas condições de emprego.
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O número de pessoas desocupadas, aquelas que buscam emprego sem sucesso, caiu para 7,4 milhões, menor patamar desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015. Esse resultado representa uma queda de 9,5% em relação ao trimestre anterior e de 12,8% na comparação anual.
Enquanto isso, a população ocupada atingiu 102 milhões de pessoas, o maior contingente contabilizado desde 2012. Esse crescimento reflete um aumento de 1,2% em comparação ao trimestre anterior e de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
O nível da ocupação, que mede o percentual de pessoas empregadas em relação à população com idade para trabalhar, subiu para 57,9%, com um crescimento de 0,6 ponto percentual no trimestre e 1,1 ponto percentual no ano.
O rendimento médio real dos trabalhadores permaneceu estável em R$ 3.206 no trimestre, mas cresceu 4,8% na comparação anual. A massa de rendimento real habitual, que soma os rendimentos de todos os trabalhadores, cresceu 1,9% no trimestre e 7,9% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 322,4 bilhões.
O Banco Central, que monitora de perto esses indicadores, indicou que o dinamismo do emprego pode estar se refletindo nos preços de serviços, o que poderia influenciar a decisão sobre a taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para meados de setembro. A previsão do mercado é de uma possível alta na taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, como resposta à pressão inflacionária decorrente do aquecimento do mercado de trabalho.
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