O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (30) que Gabriel Galípolo, indicado para presidência do Banco Central (BC), terá autonomia para trabalhar no cargo, caso seja aprovado pelo Senado.
Segundo Lula, se Gabriel Galípolo ver a necessidade de aumentar a taxa básica de juros, não haverá problema. A declaração foi feita em entrevista à Rede Mais Rádios.
"Se um dia o Galípolo chegar para mim e falar, 'olha, tem que aumentar o juro', ótimo, aumente. Ele tem o perfil de uma pessoa competentíssima, competentíssima, e um brasileiro que gosta do Brasil", afirmou Lula.
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"Ele vai trabalhar com a autonomia que trabalhou o [Henrique] Meirelles e com a autonomia que eu dou para as pessoas, até porque agora ele vai ter mandato", completou.
O presidente da República destacou, no entanto, que o chefe do BC precisa dar explicações sobre decisões sobre juros.
“Você não tem que trocar o presidente do BC se ele estiver fazendo as coisas corretas, se tiver que baixar juros, baixa; se tiver que aumentar, aumenta. Mas tem que ter explicação”, apontou.
Lula voltou a criticar Campos Neto ao dizer que ele não atua como um economista, mas como um político à frente da instituição. “Ele se oferece em reuniões políticas, coisa que não deveria acontecer. A taxa de juros no Brasil hoje não tem explicação”.
Indicação
O economista Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência do Banco Central. O anúncio foi realizado na última quarta-feira (28) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Galípolo vai substituir o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem mandato até o final do ano.
Agora, o economista terá que ser sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, presidida por Vanderlan Cardoso. Em seguida, o nome precisará ser aprovado pelo plenário da Casa.
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