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Greve nacional paralisa Israel em meio à crise e pressão por acordo de cessar-fogo

Iniciativa visa pressionar o governo a conseguir o retorno seguro dos reféns


02/09/2024 12h15

O Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, suspendeu voos nesta segunda-feira (2) como parte de uma greve nacional, após a recuperação dos corpos de seis israelenses na Faixa de Gaza.

A greve, que atinge diversas cidades e setores do país, reflete a crescente insatisfação com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a pressão para que o governo alcance um acordo de cessar-fogo e liberte mais de 100 pessoas que ainda estão sob o poder do Hamas.

A paralisação afetou aeroportos, serviços públicos, escolas e hospitais, com várias cidades, incluindo Tel Aviv e Haifa, aderindo ao movimento. Hospitais e unidades de saúde operam em regime de emergência, enquanto as maiores universidades, como a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade de Tel Aviv, também participam da greve, paralisando todas as atividades, exceto exames.

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Três dos seis reféns encontrados mortos, incluindo o israelense-americano Hersh Goldberg-Polin, estavam previstos para serem libertados em um possível cessar-fogo, segundo autoridades israelenses informaram à CNN.

Milhares de israelenses foram às ruas em protesto, e o Fórum das Famílias de Reféns, que representa familiares dos detidos, criticou duramente Netanyahu, acusando-o de falhar em garantir um acordo para a libertação deles. Críticos do político e defensores do cessar-fogo afirmam que um acordo para encerrar as hostilidades poderia ter evitado as mortes dos seis reféns.

Apesar da pressão interna e internacional, Netanyahu e membros de seu governo mantêm a oposição a qualquer acordo que envolva a libertação de militantes do Hamas. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, pediu ao Tribunal do Trabalho de Israel uma liminar para impedir a greve, argumentando que ela prejudicaria a economia do país em meio à guerra e estabeleceria um perigoso precedente.

A situação em Israel continua tensa, com a greve geral e os protestos refletindo a maior dissidência interna desde o início do conflito em 7 de outubro do ano passado, quando o Hamas realizou um ataque que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e na captura de mais de 200 reféns.

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