Marcelo Tas recebe o filósofo e escritor Vladimir Safatle no Provoca desta terça-feira (10)
No bate-papo, entrevistado fala sobre o livro "Alfabeto das Colisões" e sua visão de falta de polarização na política brasileira
05/09/2024 15h15
Marcelo Tas conversa nesta terça-feira (10) com o filósofo e escritor Vladimir Safatle.
No bate-papo, que vai ao ar às 22h na TV Cultura, o convidado fala sobre seu livro "Alfabeto das Colisões" e explica sua visão de falta de polarização na política brasileira.
O professor titular do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP) comenta na entrevista que a esquerda morreu. E Tas pergunta: ‘Como a sua turma recebeu essa provocação?’.
Ele por sua vez, responde: “Isso não foi uma provocação, eu adoraria não ter falado isso, mas isso é uma descrição analítica de um fato, isso realmente está acontecendo (...) esquerda é defesa de igualdade radical e soberania popular. Igualdade radical significa não existir hierarquias no campo do trabalho, do desejo e da linguagem. Você permite que múltiplas formas de experiência de saber circulem, você não recalca elas (...) é evidente que esse ponto saiu da pauta de todos os debates da esquerda”, expõe.
Leia também: Nunes Marques defende que decisão definitiva sobre suspensão do X seja tomada em plenário
Ainda com a política em pauta, o pensador responde à pergunta de um internauta sobre o atual contexto de polarização, e se é possível alcançar a harmonia entre diferentes pontos de vista.
“Eu não vejo polarização alguma, eu gostaria que ela existisse. Falta polarização exatamente porque o campo da esquerda não se polarizou. A gente é ao contrário, é a figura da eterna negociação. Vamos garantir os direitos anteriores, vamos negociar com todas as instituições, vamos criar uma pluralidade que só nos paralisa (...) a esquerda é a força conservadora atual. Eu sou a favor da polarização, eu acho que tem pouco, falta polarização”, destaca.
Assista à última edição do Provoca, que recebeu Rogerio Skylab:
Leia também: "Não foi minha mãe que me expulsou de casa, foi o fundamentalismo", afirma Erika Hilton
REDES SOCIAIS