O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou uma queda de 0,02% nos preços em agosto, de acordo com o divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).
Essa foi a primeira vez que o indicador teve deflação desde junho de 2023, quando caiu 0,08%.
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Em julho de 2024, o índice havia registrado alta de 0,38%. No ano, a inflação acumulada é de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%.
A queda de preços em agosto foi puxada principalmente pelos alimentos e bebidas. O grupo registrou queda de 0,44% em agosto, contribuindo para recuo de 0,09 ponto percentual (p.p.) do índice geral.
Já em Habitação, a queda foi de 0,51% e redução de 0,08 p.p. Os dois grupos representam 36,53% do IPCA completo.
O gerente da pesquisa, André Almeida, explica que a mudança de bandeira tarifária da energia como fator preponderante para explicar o resultado da queda do grupo Habitação.
“A principal influência veio de energia elétrica residencial, com o retorno à bandeira tarifária verde em agosto, onde não há cobrança adicional nas contas de luz, após a mudança para a bandeira amarela em julho”, pontua.
O IBGE mostra que no grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Além disso, houve quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%).
“O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, afirma Almeida.
Veja o resultado do outros grupos do IPCA:
Alimentação e bebidas: -0,44%;
Habitação: -0,51%;
Artigos de residência: 0,74%;
Vestuário: 0,39%;
Transportes: 0,00%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,25%;
Despesas pessoais: 0,25%;
Educação: 0,73%;
Comunicação: 0,10%.
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