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Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados
Foto: Cleia Viana / Câmara dos Deputados

O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) chorou em interrogatório sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Chiquinho, que está preso desde março, é acusado de ser um dos mandantes do crime. No depoimento desta segunda-feira (21), ele negou as acusações e afirmou que tinha uma relação “muito boa” com Marielle.

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"Fizeram uma maldade muito grande com ela. Marielle sempre foi minha amiga. Era uma vereadora muito amável e com quem a gente tinha uma boa relação. Ela (Marielle) sempre foi muito respeitosa e carinhosa", disse Chiquinho Brazão.

Durante seu depoimento, ele ainda afirmou que nem ele nem seu irmão, Domingos Inácio Brazão, conheciam Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

“Nunca tive contato com Ronnie Lessa. As pessoas são anônimas para você muitas vezes. Não tenho dúvida de que ele poderia me conhecer, mas eu nunca na vida tenho lembrança de ter estado com essa pessoa”, declarou.

A audiência do deputado é a primeira das cinco que serão feitas nesta semana com os réus do caso Marielle Franco e Anderson Gomes.

Nesta terça-feira (22), Chiquinho Brazão volta a depor. Dessa vez, responderá a perguntas das assistentes de acusação que representam as famílias de Marielle e do motorista Anderson Gomes, além dos advogados dos outros quatro réus do processo.

Domingos Brazão, Robson Peixe, delegado Rivaldo Barbosa e Major Ronald são os próximos a serem ouvidos.

Caso Marielle

Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados a tiros, em uma emboscada no Centro do Rio, em 14 de março de 2018.

Após seis anos do crime, uma delação premiada de Lessa revelou aos investigadores os mandantes do crime.

A Polícia Federal concluiu que a morte da vereadora foi encomendada por Domingos e Chiquinho Brazão. Além disso, também identificou que o delegado Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil do Rio na época do crime, atuou no planejamento e para atrapalhar investigações.

Ronnie Lessa afirmou que a morte de Marielle foi planejada pelos irmãos Brazão como reação à atuação da vereadora contra um esquema de loteamentos de terra em áreas de milícia na Zona Oeste do Rio.