O Hezbollah escolheu nesta terça-feira (29) o sheik Naim Qassem para suceder Hassan Nasrallah, número 1 do grupo extremista libanês.
Após o anúncio, Israel fez ameaças e disse que o tempo dele no comando será curto: "Nomeação temporária, não por muito tempo. A contagem regressiva começou", afirma Yoav Gallant, ministro da Defesa.
Membro sênior desde a década de 1990, ele assumiu o comando de forma interina após a morte de Nasrallah ser confirmada no mês de setembro após um ataque aéreo israelense contra instalações em Beirute. O antecessor ocupava o cargo desde 1992.
Figura sênior do Hezbollah há mais de 30 anos, Qassem participou das reuniões que levaram à fundação do grupo na década de 1980.
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Nascido em 1953 numa família do sul do Líbano, o ativismo político de Qassem começou no Movimento Xiita Libanês Amal. Ele deixou a iniciativa em 1979 após a Revolução Islâmica do Irã, que influenciou o pensamento político de muitos jovens ativistas xiitas libaneses. Ele tem sido o coordenador geral das campanhas eleitorais parlamentares do Hezbollah desde a primeira disputa, em 1992.
Quando assumiu a chefia interina do Hezbollah, fez um discurso televisionado no dia 8 de outubro, no qual afirmou que o conflito entre o Hezbollah e Israel era uma guerra sobre quem choraria primeiro, e na ocasião, disse que não seria o grupo extremista.
Naim Qassem foi nomeado vice-comandante do Hezbollah em 1991 pelo então secretário-geral do grupo armado, Abbas al-Musawi, morto por um ataque de helicóptero israelense no ano seguinte.
Ele permaneceu em sua posição quando Hassan Nasrallah se tornou o número 1, se tornando um dos principais porta-vozes, concedendo entrevistas à mídia estrangeira, inclusive durante as trocas de agressões com Israel no último ano. Apoiado pelo Irã, o Hezbollah é um dos principais partidos políticos do Líbano e também tem um braço armado.
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