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Divulgação/MinC
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O Seminário Internacional Cultura e Mudança do Clima começou nesta segunda-feira (4) em Salvador (BA). O encontro acontece até quinta-feira (7) e tem o intuito de debater o papel da arte e do segmento artístico no enfrentamento à crise climática

As ministras da Cultura, Margareth Menezes, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, participaram da cerimônia na capital baiana. 

“Proteção, restauração e o uso com sabedoria dos recursos naturais é o que constitui a base de nossa existência, seja ela material ou simbólica, sem o que não há como pensar em cultura, riqueza, em nada”, destacou Marina por meio de videoconferência. 

Margareth Menezes disse presencialmente durante que é preciso criar uma nova consciência sobre o papel humano, em resgate à memória de afetividade e à responsabilidade na relação com o meio ambiente.

"Precisamos tocar corações e mentes, pois cabe a cada um de nós ser agente promotor dessa mudança de comportamento e forma de pensamento”, destacou a representante do governo Lula.

Paralela à 3ª Reunião Técnica do Grupo de Trabalho de Cultura e à Reunião de Ministros de Cultura do G20, a atividade é realizada pouco antes da COP29, no Azerbaijão, e antes da COP30, que será em 2025 em Belém. 

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Na ocasião, a ministra disse que o MinC segue para assinar um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

Outros destaques estão relacionados ao Plano Clima, guia para a política climática brasileira, e a intenção de que sejam criados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a Cultura na Agenda 2030 da ONU.

“Concluímos nossa jornada no G20 com a mensagem de que somente poderemos realizar justiça social e justiça climática se compreendermos que o meio ambiente, a natureza, a fauna e a flora são partes indissociáveis de nós, seres humanos”, enfatizou Menezes. 

Sonia Guajajara ainda levantou a questão da importância dos povos indígenas para a preservação do planeta

“Não se pode enfrentar essa crise climática se não protegermos as culturas, essa diversidade que temos no Brasil. Elas vão além das manifestações culturais. E nós, povos indígenas, somos parte da solução para mitigar a mudança do clima. Representamos 5% da população mundial e protegemos 82% da biodiversidade global”, destacou a ministra.

Segundo Isabel de Paula, coordenadora de cultura da Unesco, os impactos da crise climática atingem a cultura de maneira direta. No seminário, ela observou que um em cada seis sítios do patrimônio cultural estão sendo ameaçados por incêndios, enchentes, tempestades e outros eventos extremos. 

"Nós tivemos o caso do Rio Grande do Sul, com enchentes que mostram o tamanho do problema e os efeitos sobre a cultura e a necessidade de políticas públicas para esse enfrentamento”, pontuou a gestora.

Também participaram do evento nesta segunda (4) autoridades como Rodrigo Rossi, diretor da Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura no Brasil (OEI), Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia, e Bruno Monteiro, secretário de Cultura de Salvador.

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