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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A população que mora em favelas cresceu na última década no Brasil. Os dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o número chegou a 16,4 milhões de pessoas, cerca de 8,1% do total da população.

Em 2010, o IBGE tinha identificado 11,4 milhões de pessoas em favelas, 6% do total.

O número de favelas também cresceu. Em 2010, o Brasil tinha 6.329 favelas em 323 municípios. Em 2022, segundo Censo, eram 12.348 favelas distribuídas por 656 municípios.

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Esta é a primeira vez desde 1991 que o IBGE usa o termo "favela" para a pesquisa. O instituto havia deixado de utilizar a categoria "Aglomerado Subnormal" para se referir a esses territórios.

Segundo o IBGE, parte do aumento está relacionado a uma melhoria e aperfeiçoamento na coleta dos dados, especialmente em áreas menores.

“As melhorias do Censo 2022 nas Favelas e Comunidades Urbanas resultaram no mapeamento de áreas não identificadas pelo IBGE no Censo 2010, no ajuste de limites de áreas anteriormente mapeadas e no aperfeiçoamento dos mecanismos de acompanhamento da coleta no decorrer da operação. Os resultados de 2022 são os melhores resultados obtidos frente a melhorias tecnológicas e metodológicas na identificação dos recortes territoriais de 'Favelas e Comunidades Urbanas'”, explica Letícia Gianella, pesquisadora do IBGE.

Os pesquisadores do IBGE consideram favelas e comunidades urbanas localidades com características como insegurança jurídica da posse, ausência ou oferta precária ou incompleta de serviços públicos, padrões urbanísticos fora da ordem vigente e ocupação de áreas com restrição ou de risco ambiental.

Favelas nos estados

São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia são os estados com mais habitantes em favelas do Brasil. Somados, os quatro locais contabilizam mais de 8,5 milhões de habitantes nestes locais.

O estado de São Paulo tem a maior população de residentes em favelas, 3,6 milhões, seguido por Rio de Janeiro (2,1 milhão) e Pará (1,5 milhão).

O IBGE apontou ainda que 43,4% dos moradores de favelas estão na região Sudeste. São 7,1 milhões. No Nordeste estão 28,3% (4,6 milhões); no Norte, 20% (3,3 milhões); no Sul, 5,9% (968 mil); e no Centro-Oeste, 2,4% (392 mil).

A maior favela do país é a Rocinha, no Rio de Janeiro, com 72.021 moradores. Sol Nascente, em Brasília (DF), e Paraisópolis, em São Paulo (SP), com 70.908 e 58.527 habitantes cada, aparecem em seguida.

Em termos de proporção, o Amazonas tem o maior número de pessoas morando em favelas (34,7%). Ou seja, um em cada três moradores do estado vive em alguma comunidade.

O Amapá aparece na sequência com proporção de 24,4%. Pará (18,8%), Espírito Santo (15,6%), Rio de Janeiro (13,3%), Pernambuco (12%), Bahia (9,7%), Ceará (8,5%), Acre (8,3%) e São Paulo (8,2%) completam a lista de estados em que a proporção é maior que a média nacional (8,1%).

O Mato Grosso do Sul tinha a menor parcela de pessoas vivendo em favelas (0,6%), seguido por Goiás (1,3%) e Santa Catarina (1,4%).