Lula recebe presidente chinês no Palácio da Alvorada para compromissos bilaterais
Chefes de Estado assinaram acordos de cooperação em diversas áreas e fizeram uma declaração conjunta
20/11/2024 14h18
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu e o presidente chinês, Xi Jinping, no Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (20), em Brasília.
Os chefes de Estado assinaram acordos bilaterais de cooperação em diversas áreas e fizeram uma declaração conjunta.
A visita de Xi Jinping marca os 20 anos da criação da comissão sino-brasileira que deu início à parceria estratégica global entre os dois países.
A recepção, que normalmente acontece no Palácio do Planalto, desta vez, a pedido da segurança chinesa, foi transferida para o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Outra medida foi o esvaziamento do hotel onde Xi Jinping está hospedado, em uma suíte com janelas blindadas. Só o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, permanece no prédio, onde ele mora desde o começo do governo.
Lula e o presidente chinês assinaram novas parcerias sobre finanças, infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, transformação ecológica e ciências.
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Brasil e China já mantêm acordos de cooperação em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio e tecnologia.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil, com negócios que passam dos 140 bilhões de dólares ao ano. O Brasil importa principalmente carros e equipamentos de telecomunicações, e vende soja, petróleo e minério de ferro.
Esta é a segunda vez que Xi Jinping é recebido em Brasília. A primeira foi em 2014. Existe a expectativa sobre uma aproximação ainda maior entre os dois países, com a volta de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos, a partir do ano que vem.
A reeleição de Trump deverá ser um dos assuntos que Lula e Xi terão a portas fechadas. O chinês tenta convencer Lula a aderir à iniciativa de Pequim conhecida como "Nova Rota da Seda", com investimentos principalmente em infraestrutura. Em princípio, o governo brasileiro teme que a parceria seja vista como um alinhamento e prejudique as relações comerciais com os americanos.
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