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Foto: Ricardo Stuckert / PR
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Mercosul e a União Europeia (UE) oficializaram nesta sexta-feira (6), em Montevidéu, Uruguai, um histórico acordo de livre comércio entre os dois blocos econômicos, encerrando mais de 25 anos de negociações.

A cúpula do Mercosul reuniu líderes sul-americanos como Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Javier Milei (Argentina), Santiago Peña (Paraguai) e o anfitrião Luis Lacalle Pou (Uruguai), além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

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O tratado visa criar uma das maiores zonas de livre comércio do mundo, abrangendo mais de 700 milhões de pessoas e quase 25% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Ele prevê a redução ou eliminação de tarifas de importação e exportação, cooperação política e ambiental, harmonização de normas sanitárias e fitossanitárias, proteção de direitos de propriedade intelectual e abertura para compras governamentais.

Von der Leyen classificou o entendimento como uma “vitória para a Europa” e garantiu que os padrões de saúde e alimentos da UE permanecerão inalterados, exigindo cumprimento rigoroso dos exportadores do Mercosul.

Resistências e avanços

As negociações, iniciadas em 1999, tiveram avanços em 2019, mas não saíram do papel devido à oposição de alguns países da UE, principalmente a França, que teme a perda de competitividade de seus agricultores frente aos produtos agrícolas sul-americanos. Apesar disso, a Comissão Europeia decidiu avançar, argumentando que já havia flexibilizado o suficiente.

A aprovação ainda depende dos legislativos nacionais dos países do Mercosul, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu. Segundo especialistas, o acordo deve beneficiar a economia brasileira, com projeções do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicando um crescimento de 0,46% no PIB e de 1,49% nos investimentos entre 2024 e 2040.

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