A macaúba, espécie de palmeira nativa do Brasil, tem ganhado destaque como uma alternativa sustentável e promissora para a produção de biodiesel. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e da CATI Sementes e Mudas, tem um papel estratégico no fomento desta cultura no Estado.
Com um potencial de alto valor econômico e ambiental, o cultivo se adapta bem em diferentes solos, inclusive com relevo mais acidentado, sendo uma alternativa para áreas marginais ou em recuperação. “Essa palmeira pode produzir biodiesel e produtos com valor agregado, recuperando áreas ambientais degradadas e gerando renda local, representando importante alternativa para os produtores rurais paulistas”, afirma o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai.
A macaúba é vista como uma planta estratégica para a agricultura sustentável e o desenvolvimento econômico por diversas razões.
O engajamento e o uso da sólida estrutura da CATI podem acelerar o processo de consolidação e viabilizar sua adoção para pequenos e médios agricultores a alavancar o estado de São Paulo como um polo nacional na produção de óleos vegetais com potencial de alto valor econômico e ambiental.
“A extensa rede da CATI pode facilitar o acesso de produtores de todas as regiões do estado às mudas e sementes de macaúba, além de garantir preços acessíveis. Para implantar uma cultura, que ainda é recente no uso comercial em larga escala, o apoio técnico especializado é fundamental”, enfatiza o diretor técnico do Centro de Mudas da CATI, Marcos Augusto Junior.
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Líder nas pesquisas em genética e melhoramento, o IAC deverá lançar nos próximos anos a sua primeira cultivar comercial para plantio em escala. E garante que materiais de alta performance, com produção de 4 a 5 mil toneladas de óleo por ha, serão obtidos a partir da clonagem de genótipos derivados de cruzamentos dirigidos entre plantas de alto valor agronômico, outra linha de pesquisa em desenvolvimento na SAA.
“O momento atual da macaúba é espetacular. Grandes grupos econômicos do mercado de óleo estão percebendo como a palmeira é estratégica, se movimentando em direção ao plantio escalonado e fortalecendo a cadeia de produção”, destaca Carlos Colombo, pesquisador do Instituto Agronômico.
Vale destacar que uma medida adotada recentemente pode potencializar ainda mais a produção de macaúba para o uso de biocombustível. Entrou em vigor, a "Lei do Combustível do Futuro”, que cria os programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano. O objetivo é substituir os combustíveis fósseis por materiais sustentáveis.
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