O governo chinês anunciou que registrou um superávit de um trilhão de dólares da balança comercial em 2024.

O superávit é o maior da história do comércio mundial. Segundo o governo de Pequim, o país exportou US$ 3,5 trilhões em bens e serviços, enquanto as importações ficaram em US$ 2,5 trilhões. O superávit ultrapassa o recorde anterior de US$ 838 bilhões de 2022.

Parte do sucesso se deve à pressa de importadores americanos de fazer estoque antes da posse do presidente Donald Trump, que prometeu aumentar tarifas sobre produtos chineses. Por isso, dezembro teve a maior participação no recorde.

A agressividade de Trump tem relação com o déficit comercial dos Estados Unidos em 2024, que deve ser igual ao superávit chinês de US$ 1 trilhão.

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O impacto da promessa do republicano pode ser menor do que o esperado, tendo em vista que apenas um terço da balança comercial chinesa vem dos Estados Unidos.

O resultado chinês surpreende porque o país enfrenta problemas na economia doméstica, com a crise nas construtoras de imóveis, que desempregou milhares de trabalhadores e tirou renda da classe média. No entanto, o cenário fez o país consumir menos importados, melhorando o resultado da balança. O desempenho levanta a previsão de crescimento do PIB do país para 5%.

Para se ter uma comparação, apenas o superávit da balança comercial chinesa corresponde a quase metade de todo o Produto Interno Bruto do Brasil, de pouco mais de US$ 2 trilhões em 2023.

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