Produção industrial fecha 2024 com crescimento de 3,1%
Resultado é o maior desde 2021
05/02/2025 10h55
A produção industrial no Brasil registrou uma queda de 0,3% em dezembro de 2024. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da queda em dezembro, o índice fechou o ano de 2024 com crescimento de 3,1%, maior número desde 2021, quando registrou 3,9%.
Com os números apresentados pelo IBGE, a indústria nacional apresenta um índice 1,3% acima do patamar pré-pandemia de covid-19, de fevereiro de 2020. O número de 2024 é o maior resultado anual da indústria nos últimos 15 anos, ficando atrás apenas de 2010 (10,2%) e de 2021 (3,9%), quando o contexto era de recuperação da pandemia, após queda de 4,5% em 2020.
"De modo geral, o crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito", explica o gerente da PIM, André Macedo.
Segundo a pesquisa, oito atividades industriais apontaram crescimento na produção. Os principais impactos positivos em dezembro de 2024 foram assinalados por indústrias extrativas e pelo setor de bebidas, com o primeiro segmento marcando o segundo mês seguido de crescimento, enquanto o ramo de bebidas interrompeu quatro meses consecutivos de taxas negativas.
O gerente da PIM destaca que o resultado de 2024 foi bastante disseminado, com as quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos industriais apontando expansão na produção. Em 2021, 18 das 25 atividades registraram taxas positivas.
“De modo geral, o crescimento do setor industrial em 2024 pode ser entendido a partir de alguns fatores, como o maior número de pessoas incorporadas pelo mercado de trabalho, a queda na taxa de desocupação, aumento na massa de salários e o incremento no consumo das famílias, beneficiado pelos estímulos fiscais, maior renda e a evolução na concessão do crédito”, afirma Macedo.
As principais influências positivas no total da indústria foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,2%), produtos alimentícios (1,5%) e produtos químicos (3,3%).
Último trimestre
Já o índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2024 em relação ao nível do mês anterior, após registrar 0,0% em novembro, 0,3% em outubro e -0,2% em setembro.
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