Cerca da metade dos rios brasileiros corre o risco de redução do volume de água.
O levantamento da Universidade de São Paulo mostra que 55% dos poços analisados apresentam níveis de água abaixo da superfície dos rios mais próximos, o que favorece um fenômeno conhecido como "percolação", uma drenagem para camadas mais profundas do solo, que pode alterar o fluxo normal das águas dos rios.
Além da diminuição do volume dos rios, o uso excessivo de água subterrânea pode afetar a disponibilidade para consumo humano e também prejudicar os ecossistemas aquáticos e até a paisagem. Há ainda a possibilidade de afundamento do solo ou de colapso da superfície.
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A pesquisa mostra que 69% dos rios com o fluxo comprometido estão localizados em áreas áridas ou com uso agrícola intensivo. Nessas regiões, a utilização frequente das águas subterrâneas para a irrigação é um dos fatores que mais comprometem a disponibilidade de água nos rios.
O estudo destaca a necessidade de integração da gestão de águas superficiais e subterrâneas e o investimento no monitoramento dos rios brasileiros.
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