Setor de serviços recua 0,5% em dezembro, mas cresce 3,1% em 2024

O setor de serviços no Brasil registrou queda de 0,5% em dezembro, marcando o segundo mês seguido de retração e acumulando perda de 1,9% no período.

No acumulado de 2024, no entanto, o setor avançou 3,1%, alcançando o quarto ano consecutivo de crescimento. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o resultado de dezembro, o volume de serviços está 15,6% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica (outubro de 2024). Apesar da expansão ao longo do ano, a desaceleração nos últimos meses indica impacto das condições financeiras mais restritivas e da política monetária com taxa básica de juros em 13,25%.

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Quatro dos cinco segmentos pesquisados registraram crescimento em 2024. Os destaques foram os serviços de informação e comunicação (6,2%) e os profissionais, administrativos e complementares (6,2%), impulsionados pelo avanço da publicidade digital, intermediação de negócios e atividades jurídicas. Em contrapartida, o setor de transportes recuou 0,7% no ano, reflexo da safra menor e da queda nos fretes rodoviários.

Em dezembro, três das cinco atividades analisadas apresentaram retração, com destaque para a queda de 4,2% no grupo "outros serviços", o pior resultado desde janeiro de 2023 (-11,2%). Também tiveram desempenhos negativos os segmentos profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e informação e comunicação (-0,7%).

O turismo registrou crescimento de 2,8% em dezembro e avançou 3,5% no acumulado do ano. O segmento está 14,6% acima do nível pré-pandemia e alcançou o melhor desempenho da série histórica. São Paulo (4,1%), Rio de Janeiro (1,4%) e Pará (9,2%) foram os estados que mais impulsionaram a alta, enquanto Santa Catarina (-3,8%) liderou as perdas.

O transporte de passageiros cresceu 0,9% em dezembro, após queda de 6,3% em novembro, e fechou o ano com expansão de 2,8%. Já o transporte de cargas recuou 1,3% no último mês do ano, acumulando queda de 2,7% no bimestre. No acumulado de 2024, o setor teve retração de 2,3%.

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