Israel realizou novos ataques aéreos contra alvos do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (20), ampliando a ofensiva retomada após o rompimento do cessar-fogo.
Segundo o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, ao menos 70 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
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Os bombardeios atingiram diversas áreas do enclave palestino, incluindo residências. Além dos ataques aéreos, Israel reforçou as operações terrestres no centro e no sul de Gaza. O Exército afirmou que a ação visa expandir uma zona que separa as duas metades do território, conhecida como corredor Netzarim.
A retomada dos confrontos ocorreu após o fracasso das negociações para avançar na segunda etapa do acordo de cessar-fogo firmado em janeiro. O Hamas exigia a retirada das tropas israelenses e a libertação de prisioneiros palestinos em troca dos reféns ainda mantidos em Gaza. Israel, por sua vez, oferecia apenas uma extensão temporária da trégua.
Na última terça-feira (18), os primeiros bombardeios desde a quebra do cessar-fogo deixaram mais de 400 mortos, tornando o dia um dos mais letais da guerra. No total, ao menos 510 palestinos foram mortos nos últimos três dias, sendo a maioria mulheres e crianças, de acordo com autoridades locais.
Diante da escalada dos ataques, milhares de civis palestinos voltaram a deixar suas casas. Muitos tentaram fugir pela estrada Salahuddin, mas Israel alertou que a principal via de deslocamento deveria ser a faixa costeira. Relatos indicam que veículos na região foram alvos de disparos.
O Hamas classificou as operações israelenses como uma "violação perigosa" e cobrou que mediadores internacionais assumam suas responsabilidades. O grupo ainda afirma que novos reféns só serão libertados caso o país concorde com os termos da segunda fase.
A guerra entre Israel e Hamas começou em outubro de 2023, após o grupo terrorista invadir o território israelense, matar 1.200 pessoas e sequestrar mais de 200. Desde então, o conflito já deixou mais de 40 mil mortos em Gaza, segundo dados do Hamas, e gerou uma crise humanitária sem precedentes na região.
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