Israel Katz, ministro da Defesa de Israel, anunciou nesta quarta-feira (2) uma expansão significativa da operação militar na Faixa de Gaza, com a tomada de grandes áreas que serão incorporadas às zonas de segurança do país. A medida inclui a evacuação em larga escala da população em regiões de combate.
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O Exército ordenou que moradores de Rafah, no sul do enclave, se deslocassem para Al-Mawasi, área previamente designada como zona humanitária. Segundo Katz, a operação tem como objetivo eliminar combatentes, assim como a infraestrutura do grupo terrorista Hamas. Os islamistas, por sua vez, reiteraram que a liberação de reféns israelenses só ocorrerá por meio de negociações.
A escalada do conflito resultou em novos ataques israelenses, incluindo um bombardeio a um prédio da Organização das Nações Unidas (ONU) no campo de refugiados de Jabaliya, ao norte de Gaza. Segundo a Defesa Civil local, o ataque deixou 19 mortos. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que ao menos 41 pessoas foram mortas nesta quarta-feira (2).
Desde a retomada dos ataques aéreos e incursões terrestres no mês passado, após um período de relativa calma, centenas de palestinos morreram e a ajuda humanitária ao enclave foi reduzida. Israel justifica o bloqueio afirmando que recursos são desviados pelo Hamas.
Os ataques também se estenderam a alvos no Líbano e na Síria. Em Beirute, um comandante do Hezbollah foi morto em um bombardeio israelense na terça-feira (1º), o que aumentou as tensões na região. Além disso, tropas israelenses realizam uma operação na Cisjordânia ocupada.
O conflito teve início em outubro, quando combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns, segundo dados israelenses. Desde então, mais de 50 mil palestinos foram mortos, de acordo com autoridades de Gaza, e a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes do enclave foi deslocada de suas casas. Enquanto Israel mantém sua ofensiva, negociações mediadas por Qatar e Egito para um cessar-fogo seguem sem avanço.
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