Mais de 50 países buscam acordo comercial com os EUA após tarifas, diz assessor de Trump

Mais de 50 países já entraram em contato com a Casa Branca para iniciar negociações comerciais após o anúncio do novo ‘tarifaço’ do presidente dos EUA, Donald Trump. A informação foi divulgada neste domingo (6) pelo diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Kevin Hassett.

Segundo Hassett, em entrevista à emissora ABC News, os países estão buscando negociar porque "entendem que arcam com boa parte das tarifas".

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Na entrevista, ele negou ainda que o "tarifaço" tenha sido uma forma indireta de o presidente norte-americano pressionar o Banco Central dos EUA a cortar as taxas de juros.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, falou sobre o tema neste domingo. Em entrevista à rede NBC News, Bessent minimizou a queda do mercado de ações e disse que não havia "nenhuma razão" para antecipar uma recessão com base nas tarifas.

O "tarifaço" dos Estados Unidos para produtos importados de 185 países começou neste sábado (5). Para o Brasil, o presidente Donald Trump anunciou alíquotas de 10% sobre todas as importações.

Alguns países só terão os produtos taxados a partir da próxima quarta-feira (9).

O anúncio foi feito pelo republicano na última quarta-feira (2) como "o dia da libertação dos EUA". "É a nossa declaração de independência econômica", afirmou Trump.

Entre os primeiros países atingidos pela tarifa de 10% estão Brasil, Austrália, Reino Unido, Colômbia, Argentina, Egito e Arábia Saudita. O líder americano explicou que 10% é o valor base, e taxas maiores serão aplicadas a países específicos.