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Cientista da USP cria robô para ajudar no combate ao coronavírus

O "CheckCorona" ganhou o reconhecimento da ONU e, além de ajudar no monitoramento de casos suspeitos da Covid-19, a ferramenta também pode ser usada como fonte para pesquisas


25/05/2020 15h37

Um pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, criou um robô para ajudar no combate ao coronavírus. Segundo o cientista de dados de saúde, Murilo Gazzola, o "CheckCorona" é muito simples de usar e auxilia na identificação dos sintomas da Covid-19.

Para ter acesso à ferramenta, basta enviar a mensagem "CheckCorona" para o número (16) 98112-8986 pelo aplicativo WhatsApp. No mesmo momento, o robô responde com diversas recomendações e orienta o cidadão com base nas respostas sobre a rotina e os sintomas sentidos pelo usuário. O questionário segue as recomendações do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças e o serviço é de graça.

O objetivo é identificar pessoas que podem estar infectadas pelo novo coronavírus, a fim de que sejam realizados o isolamento e tratamento do paciente. "Ele pergunta, por exemplo, se a pessoa tem febre; a quantidade de dias que essa febre durou. E aí, por meio de uma inteligência artificial por trás, dependendo desses sintomas, ele começa a fazer mais perguntas ou não, né? Então, ele verifica se a pessoa tem esses sintomas e direciona para o autoisolamento e se continuar com alguns sintomas, como febre contínua ou falta de ar, ele indica a procurar um médico especializado ou um hospital", explicou Gazzola.

A ferramenta do brasileiro ganhou o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi selecionada para fazer parte de um grupo que reúne iniciativas do mundo inteiro, a fim de mapear soluções inovadoras para a pandemia. Além de ajudar no monitoramento de casos suspeitos da Covid-19, o "CheckCorona" também pode ser usado como fonte para pesquisas.

"O paciente se sente acolhido através do celular, de conseguir conversar com o robô; mas consegue colocar os seus sintomas, a sua situação, a sua idade, o que ele está sentindo e ter esse retorno no sentido do que fazer, se precisa se preocupar, se precisa ir para uma UBS... Então, é muito bem vindo no sentido de mais um auxílio. Claro que não substitui uma avaliação médica, de saúde; mas é claro que ajuda muito no auxílio de diminuir a ansiedade e poder acolher esse paciente", afirmou Rosana Richtmann, médica infectologista do Instituto Emílio Ribas.


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