O descarte incorreto das canetas emagrecedoras tem se tornado uma preocupação para o meio ambiente, especialmente com o aumento do uso do medicamento.
No Distrito Federal, único estado a fazer um levantamento específico, mais de uma tonelada de canetas emagrecedoras apareceu no lixo reciclável nos últimos 21 meses. O descarte incorreto já causou ferimentos em garis, além de risco de contaminação do meio ambiente.
Os números foram divulgados pelo Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal.
“A agulha é muito fina. Por mais que a luva seja resistente, na maioria das vezes, eles conseguem retirar, mas uma vez ou outra acaba machucando e aí que a gente tem o problema”, afirma Andreia Almeida, do Serviço de Limpeza Urbana.
Em São Paulo, a SP regula, agência que fiscaliza a coleta no município, não dispõe de um levantamento específico desses dispositivos, mas neste ano registrou 137 acidentes com materiais perfurocortantes no lixo domiciliar.
“O ideal mesmo é a gente ter um grande projeto nacional para a coleta das canetas, para reaproveitamento do plástico. Você dá uma segunda vida para esse plástico. E aí a gente vai estar beneficiando tanto a economia circular, e vai estar beneficiando o meio ambiente e as pessoas responsáveis pela coleta, que não vão se machucar”, explica a endocrinologista Rosane Kupfer.
Funciona assim: a caneta vai inteira para um recipiente rígido — como uma garrafa pet — que deve ser entregue em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou em farmácias que façam a coleta. O material é recebido e, dentro de uma caixa como essa, segue para um descarte seguro, sem risco de acidentes nem de contaminação.
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