O Brasil atingiu as marcas de 400 mil casos e 25 mil óbitos pelo novo coronavírus e segue com o maior número de vítimas diárias da pandemia em todo o mundo, ultrapassando os Estados Unidos. No programa Opinião desta semana, que abordou as medidas para conter o vírus, a professora da Faculdade de Saúde Pública da USP Deisy Ventura afirmou que essa situação pode ser explicada pela falta de coordenação entre os poderes, além da ausência de medidas restritivas que também levem em consideração a proteção social.
Segundo a professora, há uma 'regra de ouro' na contenção de uma emergência desse porte: a chamada comunicação de risco durante emergências, na qual é fundamental a confiança nas autoridades sanitárias. "É muito difícil para os prefeitos e governadores desenvolverem as ações de saúde pública que são necessárias vivendo uma verdadeira guerra declarada pelo governo federal", afirma.
Há, ainda, a necessidade de políticas que protejam as pessoas que têm sido obrigadas a desrespeitar o isolamento em função do trabalho informal e outras razões de sobrevivência. "Acredito que há muitas pessoas no Brasil que gostariam de atender às recomendações das autoridade sanitárias, e que não são sensíveis a apelos de fanáticos e de extremistas, mas que objetivamente não têm condições de se manter em casa", completa a professora.
Veja o trecho completo:
Assista à íntegra do programa, que também recebeu o advogado especialista em Direito do Estado Pedro Serrano e o economista Fábio Klein.
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