Fundação Padre Anchieta

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Pela primeira vez na história, o Brasil terá um MC representante nas batalhas Combatematica (Bolívia) e Batalla de Maestros (Chile), competições consagradas que reúnem MC's de diversos países da América Latina e de todo panorama "hispanohablante". Enidê MC está de viagem marcada levar o freestyle tupiniquim para esses duelos.

O rapper tem extensa experiência em batalhas de rimas em português, como "Rinha dos MC's", "Batalha da Roosevelt", "Batalha do Santa Cruz", "Batalha do Conhecimento", "Batalha dos Trilhos", "Duelo de Mc's", "Batalha da Estação", "Batalha da Alfândega", entre outras pelo país, Em 2019, o MC participou de sua primeira batalha de improviso em espanhol no Uruguai.

O objetivo da sua ida à Bolívia e ao Chile é levar o nome do país para ambas competições, onde já participaram os maiores nomes da cena: Aczino (México), Teorema (Chile), Chuty (Espanha), Marithea (Colombia), Misionero (Argentina) como apresentador do evento e outros Mc's de relevância internacional. A participação resultará em um mini documentário relatando a importância do encontro e da quebra de barreiras impostas pelo idioma.

Enidê lançou campanhas de financiamento para a realização da viagem e produção dos documentários. As doações podem ser feitas em forma de PIX 3262409@vaquinha.com.br ou no site www.vaquinha.com.br/3262409. Outra maneira de colaborar é comprando uma camiseta do artista.

"Sempre fui do corre, vendia meus CDs nas ruas de São Paulo. Hoje equilibro a produção musical com o trabalho de motorista de aplicativo e venda de camisetas", explica.

Trajetória

Em 1998, Luiz Fernando da Costa Ribeiro, paulista da cidade de Guaratinguetá, se encantou com a música "Pátria que Me Pariu" (1997) do disco "Quebra-Cabeça", de Gabriel O Pensador. A partir daí passou a criar rimas em cima das composições do rapper carioca. Com o nome artístico de Enidê, ele venceu diversas batalhas de rimas pelo país e vendeu mais de 20 mil discos de mão em mão em mais de 120 cidades da América do Sul.

Enidê tem uma carreira respeitável no universo do hip hop nacional e já duelou com os versejadores Koell, um dos maiores campeões paulistas, Kant e MC Kauan, campeão de uma das edições da Liga dos MC’s do Rio de Janeiro. As rimas e as batidas do MC, divulgadas por mixtapes caseiras e que hoje podem ser encomendadas ou escutadas nas plataformas de streaming, não chegam a ser um discurso político, mas sempre existe uma observação social. “Os meus versos são inspirados pelas ruas. Posso falar desde os efeitos da pandemia até criar uma letra sentimental”, diz.

A relação com o hip hop em espanhol nasceu das audições de Los Grandes Exitos, do grupo americano de hip hop Cypress Hill, e de artistas como Actitud María Marta (Argentina) e Control Machete (México). Ela se acentuou em 2008, quando as canções que divulgou no site Soulseek caíram no gosto de artistas latinos. “Eu passei a comunicar com um rapper do Chile e aprendi a língua a falar e rimar em espanhol”, revela. No mesmo ano, participou de uma coletânea chamada Latinos Unidos, que reuniu o que havia de melhor no hip hop latino.

O rapper, entre outras preparações para o embate, voltou a andar de skate. O esporte não apenas o ajuda na preparação física – porque a altitude na Colômbia é temida até por esportistas – mas também o conecta com o passado. Foi com o skate que ele fez do hip hop a trilha sonora da sua vida.