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James Gunn e Peter Safran, os novos nomes por trás do universo da DC Comics no cinema e na TV, anunciaram recentemente seus planos para a primeira fase do projeto: nada menos do que cinco filmes e cinco séries (uma deles, animada).

Gunn, o mais famoso dos dois (é o diretor de divertidos filmes de super-heróis como “Guardiões da Galáxia” e “O Esquadrão Suicida”), foi o responsável pelos anúncios da “Gods and Monsters” (“Deuses e Monstros”), nome da primeira fase deste projeto. Ou seja, Gunn e Safran esperam novas fases – tudo depende, claro, da recepção do público.

Durante o anúncio, feito em redes sociais, Gunn deixou claro seu enorme carinho pelos personagens e histórias da DC e afirmou que ainda não revelou tudo - há mais surpresas a caminho.

Como a mitologia envolvendo os quadrinhos da DC é gigantesca, é difícil imaginar o que vem por aí além do que já se sabe. Assim sendo, fizemos uma lista do que gostaria que estivesse nos planos de Gunn & Safran.

1 – A fase cômica da Liga da Justiça Internacional

A Liga da Justiça sempre foi o principal supergrupo da DC: Superman, Batman, Mulher-Maravilha... Mas o que acontece quando os principais heróis da editora não estão disponíveis para a equipe e só sobram personagens do quarto escalão? Foi isso que aconteceu no final dos anos 80 e início dos anos 90, quando os autores tiveram de se virar com ilustres desconhecidos como Besouro Azul, Gelo, General Glória, Gladiador Dourado e a hilária heroína brasileira Fogo.

Nestas condições, os escritores J.M. DeMatteis e Keith Giffen transformaram a revista da Liga da Justiça Internacional em uma espécie de sitcom com superpoderes. Claro, lá estavam vilões querendo cometer crimes. Mas, acima de tudo, havia humor, amizade e o lado humano dos personagens – algo relativamente próximo da pegada de “Pacificador”, a minissérie que Gunn criou para a HBO justamente com um personagem do quarto escalão da DC.

2 – Legião dos Heróis Substitutos

A DC Comics tem histórias bem interessantes ambientadas no futuro, estreladas pela Legião dos Super-Heróis: os melhores heróis do século 31! OK, mas e as histórias dos heróis medíocres do século 31? Este é o conceito por trás da Legião dos Heróis Substitutos: aventureiros rejeitados pela Legião dos Super-Heróis, mas que não desistiram e formaram sua própria super-equipe. É o caso do Pétreo (que pode virar pedra, um poder não tão bom em lutas); Moça-Contagiosa (que pode espalhar doenças); e os autoexplicativos Rapaz das Cores e Rapaz-Clorofila...

Gunn tem experiência com personagens do quinto escalão no cinema, como um guaxinim falante (o Rocket Raccoon de “Guardiões da Galáxia”), a doninha humanizada e o homem que pode separar os braços do corpo (respectivamente, Doninha e O Cara Desacoplado, ambos de “O Esquadrão Suicida”). Ele teria um farto material para se divertir com a Legião dos Substitutos.

3 – Corporação Batman

James Gunn gosta dos roteiros de Grant Morrison. São as fases escritas por elu que vão embasar tanto o filme do Superman (“Superman: Legacy”) quanto o do Batman (“The Brave and the Bold”). Há um conceito trabalhado por Morrison que pode servir de base para outra série bacana: a Corporação Batman.

Uma obscura história do Batman de 1955 mostrou que o Morcegão influenciou – e treinou – outros vigilantes ao redor do mundo. Mais de 50 anos depois, Grant Morrison ampliou o conceito para uma história de espionagem com super-heróis. Agora, Bruce Wayne financia, publicamente, esses vigilantes, que acabam envolvidos em missões internacionais: a Corporação Batman. Entre seus membros estão o francês Acrobata Noturna; do congolês Batwing; do australiano Ranger Sombrio; e do Gaúcho – que não é brasileiro, mas argentino.

4 – Homem-Animal

Outro personagem que teve uma fase excelente escrita por Grant Morrison. O Homem-Animal era, a princípio, um personagem quase bobo, cujo poder era imitar as características dos animais que estivessem próximo a ele. Ou seja, poderia respirar embaixo d’água se estivesse perto de um peixe ou voar se passasse por um pássaro etc.

Aí veio Grant Morrison. As histórias do Homem-Animal viraram quase que uma homenagem ao gênero dos super-heróis, com direito até a uma viagem a uma dimensão onde moram os personagens desconhecidos da DC Comics - aqueles que apareceram poucas vezes e sumiram. É o caso, por exemplo, do cachorro heroico cujo poder é inflamar, tal qual o Tocha Humana. Seu nome, claro, é Hot Dog, o Cachorro Quente! (Por que será que ele sumiu das revistas?)

Um personagem pouco famoso (como o Senhor das Estrelas, de “Guardiões da Galáxia”), mas com uma bagagem enorme para homenagear e relembrar personagens menores e esquisitos (como o Homem-Calendário e Dardo, que o diretor conseguiu colocar em “O Esquadrão Suicida”): o Homem-Animal seria mais uma grande oportunidade para Gunn demonstrar seu carinho por super-heróis e vilões, por mais peculiares que sejam.

5 – Reino do Amanhã

O tom sombrio desta história destoa do humor apresentado por James Gunn em seus filmes e séries. Entretanto, há algo em comum, e por isso ela aparece nesta lista. “Reino do Amanhã” é uma minissérie que reverencia, com respeito e carinho, os principais personagens da DC Comics.

Uma sinopse desta curta minissérie (apenas quatro edições): em um futuro próximo, Superman está aposentado, desiludido com a humanidade. Os novos heróis que surgiram são poderosos, mas egoístas e inconsequentes. Quando uma tragédia horrível acontece, uma divergência ideológica coloca Superman, Mulher-Maravilha e seus seguidores de um lado, enquanto Batman e Arqueiro Verde comandam o lado rival. A história é inteligente e aborda muitos aspectos interessantes do que significa ser um super-herói.