Fundação Padre Anchieta

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Criado na chamada Era de Ouro dos Quadrinhos Norte-Americanos, inaugurada com o surgimento do Superman, em 1938, o Capitão América surgiu no primeiro número de sua própria revista mensal: “Captain America” nº 1 (que saiu em março, mas com data de publicação na capa dizendo “dezembro de 1940”). Seus criadores, Joe Simon e Jack Kirby, misturaram o grande momento do gênero dos super-heróis com o contexto mundial da Segunda Guerra Mundial.

Assim, surgiu um super-herói com uniforme colorido, identidade secreta e poderes (sua força foi aumentada por um soro secreto) que enfrentava... nazistas. Em sua primeiríssima aparição, na capa da revista em que surgiu, o Capitão esmurrava Adolf Hitler (que curiosamente não apareceu nas histórias publicadas naquele número).

Aproveito esta efeméride para destacar quais, na minha opinião, são as cinco melhores histórias do Capitão América – em ordem cronológica.

1941 - “Conheça o Capitão América”, de Joe Simon e Jack Kirby

Onde tudo começou! Uma história a princípio simples, que envolve ficção científica (bem inocente para nós) e espionagem. Os Estados Unidos estão desenvolvendo um soro para criar super soldados, mas os nazistas estão atrás desta fórmula mágica e conseguem matar o cientista que a inventa. Entretanto, houve tempo para testar o tal supersoro em um bravo soldado: Steve Rogers, que viria a ser conhecido como o Capitão América!

1964 – “Capitão América Entra para... Os Vingadores!”, de Stan Lee e Jack Kirby

A Segunda Guerra Mundial acabara havia décadas, mas o Capitão América ainda despertava o interesse dos leitores. Como justificar, então, que ele estivesse ainda jovem e ativo em plenos anos 60? Stan Lee e Jack Kirby (leia aqui por que essa dupla é fundamental para a história dos quadrinhos mundiais) bolaram uma história dos Vingadores que explica tudo isso – e, de quebra, ainda colocaram o Capitão como membro do grupo.

1974 – “O Império Secreto”, de Steve Englehart, Sal Buscema e Mike Friedrich

Em 1974, Richard Nixon renunciou à presidência dos EUA após o Watergate, o maior escândalo político norte-americano até então. No mesmo ano, nas HQs, o Capitão América descobre um escândalo político que, tudo leva a crer, é comandado pelo presidente.

O que Capitão América, o herói que representa uma nação inteira, deve fazer quando descobre que o governo que ele representa está chafurdado em escândalos de corrupção? Trata-se de uma saga de aventura, mas também de reflexão sobre valores – e culmina com Steve Rogers pedindo demissão do cargo de Capitão América.

1984 – “A Canção do Espírito da Terra!”, de J.M. DeMatteis e Paul Neary

Um ser poderosíssimo, muito mais forte que Steve Rogers, o ataca por uma questão de “princípios”. Este homem, o Corvo Negro, representa o espírito dos indígenas e da Natureza, enquanto o Capitão América representa os Estados Unidos de hoje. Não há como o subjugar fisicamente: o Corvo Negro é praticamente invencível. Também não há como o derrotar simbolicamente: os EUA, e toda a Humanidade, cometeram crimes inegáveis contra a Natureza e contra incontáveis povos. O que o heroico Capitão América pode fazer?

2011, 2014 e 2016 - “Capitão América: O Primeiro Vingador”, “Capitão América: O Soldado Invernal” e “Capitão América: Guerra Civil, dirigidos por Joe Johnston (“O Primeiro Vingador”) e pelos irmãos Joe Russo e Anthony Russo (“O Soldado Invernal” e “Guerra Civil”)

As melhores histórias de um personagem não precisam ser necessariamente impressas, certo? O Universo Cinematográfico Marvel criou três filmes incríveis para o Capitão América, comandados pelo carisma de Chris Evans. Provavelmente você já assistiu a todos... Mas tudo bem, fica aqui a dica.

Pedro Cirne é formado em jornalismo, desenhos e histórias em quadrinhos. É autor do romance “Venha me ver enquanto estou viva” e da graphic novel “Púrpura”, ilustrada por 17 artistas dos 8 países que falam português.