Fundação Padre Anchieta

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Há 60 anos, Stan Lee e Steve Ditko apresentavam ao mundo um dos seus super-heróis mais carismáticos: Peter Parker, o Homem-Aranha – vai ter até edição especial com Neil Gaiman, Kurt Busiek e mais para comemorar.

(Carismáticos e valiosos: um exemplar de sua estreia foi recentemente vendido por R$ 19 milhões...)

Queria aproveitar a data para fazer uma lista com minhas histórias favoritas do Homem-Aranha – mas já fiz isso aqui mesmo, na TV Cultura. Então, vou apresentar seis outras histórias, também inesquecíveis, mas menos famosas.

ANOS 60

“Se este for meu destino...” (de 1966), de Stan Lee e Steve Ditko

Uma história em três partes, coisa rara para a época, que mostra o Teioso enfrentando um novo e misterioso inimigo: um tal de Planejador Mestre (que depois viríamos a descobrir que não era nem novo nem misterioso). A parte em que o Aranha, soterrado, luta para sair, é cinematográfica.

Esta HQ já saiu várias vezes no Brasil, sendo a mais recente em “O Espetacular Homem-Aranha - Edição Definitiva” nº 2, da Panini.

“Os pais de Peter Parker!” (1968), de Stan Lee, Larry Lieber e John Romita

Esta é uma história família – em mais de um sentido. Primeiro, foi escrita por Stan Lee e desenhada por seu irmão, Larry. Segundo, resolve um mistério de seis anos: afinal, quem são os pais de Peter Parker? Uma história de espionagem e gosto agridoce – aposto que ainda há de ser descoberta pelo Universo Cinematográfico Marvel.

Esta HQ já saiu três vezes no Brasil, a última delas em “O Espetacular Homem-Aranha - Edição Definitiva” nº 4, da Panini.

Desta mesma década eu havia selecionado “Homem-Aranha!” (1962, a origem do herói), dos mesmos Lee e Ditko, e “Homem-Aranha Nunca Mais!”, de Lee e John Romita.


ANOS 70

E Agora, o Duende!” (1971), de Stan Lee e Gil Kane

Uma história surpreendente. Dos anos 50 até o início deste século (!), as principais editoras de quadrinhos seguiam o medonho Código de Ética, uma autocensura que a impedia de se aprofundar em temas como as drogas. E, aqui, Lee e Kane tiveram a coragem de colocar Harry Osborn, o melhor amigo de Peter Parker, lutando contra uma overdose. Um golaço da Marvel (a DC fez algum parecido quase ao mesmo tempo, mas um pouquinho depois, em uma HQ do Arqueiro Verde).

Esta história foi publicada por aqui em diversas ocasiões, mas destaco “O Espetacular Homem-Aranha - Edição Definitiva” nº 6, da Panini.

Os anos 70 já nos haviam brindado com “A Noite em que Gwen Stacy Morreu” (1973), de Gerry Conway e Kane.


ANOS 80

Uma década e tanto para o Homem-Aranha, quando foram publicados “O Garoto que Colecionava Homem-Aranha” (Roger Stern e Ron Frenz), “A Saga do Devorador de Pecados”, (Peter David e Rich Buckler) e “A Última Caçada de Kraven” (J.M. DeMatteis e Mike Zeck). Mais ainda tem mais...

Nada pode deter o Fanático!” (1982), de Roger Stern e John Romita Jr.

Como assim, um vilão tão poderoso que o Aranha não o consegue vencer? Eu, criança, li embasbacado esta história, aventura em estudo puro, com um “uau!” com gosto de adrenalina a cada página.

Há apenas duas versões brasileiras desta HQ. Como sou mais velho, a que eu li é difícil de achar, então sugiro “A Coleção Definitiva do Homem-Aranha” (2ª série), nº 26, da editora Salvat.

ANOS 90

Faça como eu e finja que esta década não existiu para o Homem-Aranha. É melhor assim.

SÉCULO 21

Ultimate Homem-Aranha: A Morte do Homem-Aranha” (2011), de Brian Michael Bendis e Mark Bagley

Não é o Homem-Aranha que nós conhecemos e amamos, mas o Peter Parker de outra dimensão (conhecida como Ultimate), que nós também conhecemos e amamos. Uma história com muita aventura, drama e emoção, que mantém o que o título promete e nos entrega cenas inesquecíveis.

Homem-Aranha – Sem Volta para Casa” (2021), dirigido por Jon Watts

Sim, é um filme – o que encerra a trilogia original do Homem-Aranha no Universo Cinematográfico Marvel. Indico mesmo não sendo uma HQ porque achei esta série incrível – bem amarrada, com muita ação e humor, prestando homenagem aos quadrinhos e até os filmes anteriores do Teioso. Bacana demais!

Este mesmo milênio ainda nos brindou com “Homem-Aranha 2” (2004), dirigido por Sam Raimi (outro filme!); “Homem-Aranha Ultimate” (anos e anos de boas histórias), de Brian Michael Bendis e vários ilustradores; “Aranhaverso” (2014), de Dan Slott e vários ilustradores; e o longa animado, que felizmente terá sequência, “Homem-Aranha no Aranhaverso”, dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman.

ps – Homem-Aranha é um personagem e tanto. Apesar de pularmos toda uma década (que talvez valha um texto à parte, algum dia), foi fácil selecionar essas 16 histórias citadas aqui – e ainda há outras, muito boas, guardadas para coluna futuras. Longa vida ao Amigão da Vizinhança!