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Reprodução/Instagram @maxverstappen1
Reprodução/Instagram @maxverstappen1

Ninguém esperava muita coisa do GP de Mônaco, há duas semanas. De fato. Tradicionalmente, a glamorosa prova não tem passado de um desfile milionário em altíssima velocidade. As apertadas ruas do Principado não são mais para os carros da Fórmula 1 atual, que chegam a medir até seis metros de comprimento e quase dois de largura. É a velha máxima: chegar é uma coisa, passar é outra – e eu completo com o adjetivo “impossível”.

Mas a corrida serviu para chacoalhar a ordem do campeonato, com Lewis Hamilton e a Mercedes tendo um fim de semana ruim, com o sétimo lugar mais a volta mais rápida do heptacampeão diante da vitória do adversário Max Verstappen. O holandês e a Red Bull tomaram a liderança dos campeonatos de pilotos e de construtores.

Todo mundo achava que em Baku, no Azerbaijão, as coisas voltariam ao normal. Por mais que se trate de um circuito de rua, o traçado de seis quilômetros tem uma reta bem longa e trecho 2,2 quilômetros de pé embaixo, com velocidades superiores aos 330 km/h. Ultrapassagens a rodo, portanto.

E o “normal” não voltou, coisa nenhuma. A Mercedes não se encontrou e a Red Bull se estabeleceu de vez – por enquanto – como a nova potência da F1. Verstappen caminhava para uma vitória maiúscula quando, a cinco voltas do final, o pneu traseiro esquerdo de seu carro foi-se pelos ares e jogou o carro do holandês no muro em plena reta, a mais de 300 km/h. Um baita susto e um desespero ainda maior ao ver o líder do campeonato sair do Azerbaijão com zero ponto e o adversário Hamilton subindo para segundo.

Aí a bandeira vermelha deixou as coisas ainda mais tensas. Sérgio Perez, enfim fazendo um final de semana de alto desempenho pela Red Bull, colocava-se à frente da Mercedes (seria a primeira dobradinha da equipe em muito tempo). Na relargada, o mexicano não saiu tão bem; Hamilton largou melhor, mas não conseguiu frear para a primeira curva, passando reto e voltando em 15º.

Perez venceu pela segunda vez na carreira e a primeira pela Red Bull. Foi ao pódio pela terceira vez em Baku, comprovando que é daquelas pistas em que o mexicano se encaixa perfeitamente. E os líderes do campeonato, para alívio de Verstappen, ficaram no zero. Assim, a diferença de pontos manteve-se no patamar de quatro pontos de vantagem para Verstappen (105 a 101). Perez subiu para terceiro no campeonato e a Red Bull aumentou sua vantagem de um para 26 pontos na tabela dos Construtores.

E um pódio para ninguém botar defeito: Perez, Vettel e Gasly. Que corrida. A próxima prova, o GP da França, não costuma ser dos mais emocionantes. Só que agora, caro leitor, temos um campeonato. Temos um baita campeonato.

Cleber Bernuci é jornalista e narrador dos treinos livres da Fórmula E no site oficial da TV Cultura.