Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Divulgação
Divulgação

Olá, Slimers!!!!!

Aproveitando que o outubro já começou e que a cor dele é rosa, quero dedicar este encontro às mulheres de todas as idades. Afinal, estamos no mês em que lembramos a importância dos cuidados para a prevenção do câncer de mama. Nosso assunto aqui não trata especificamente da campanha Outubro Rosa, mas, sim, da MULHER, ou melhor, das mulheres retratadas pela artista plástica Claudia Colagrande.

Dias atrás, eu estava navegando pelas redes sociais quando me deparei com umas fotos nas quais víamos, na parede de um prédio, pinturas coloridas de mulheres. Então, voltei minha atenção para o perfil para observar os detalhes e fiquei surpreso, pois não se tratavam de pinturas no edifício, mas pinturas projetadas. Imediatamente, tive a ideia de escrever algo sobre o que vi e compartilhar aqui no nosso Slime. Isso porque, em tempos de isolamento social, uma exposição projetada a céu aberto é mais uma oportunidade das pessoas poderem fruir de obras de arte ao passarem pela rua ou mesmo vendo pelas janelas de suas casas – é arte onde todo mundo pode olhar. Foi assim que conheci o trabalho da Claudia Colagrande.

No mesmo momento, deixei meu comentário, elogiando o trabalho e mostrando interesse em escrever sobre ele aqui. Em seguida, a artista me respondeu se colocando à disposição. A partir de então, comecei a pensar sobre a melhor maneira de trazer essa experiência que tive até vocês e, como se trata de arte visual, decidi fazer este Slime em duas partes: o texto que você está lendo e o vídeo-entrevista, no qual a artista mostra suas “mulheres”, conta como surgiu esta nova série de pinturas, e o porquê dela.

Em tempos de quarentena, a fachada de um prédio é uma exposição de arte.

A exposição que me fez conhecer o trabalho da Cláudia faz parte do projeto Mostra Tua Arte, Belém do Pará, e traz obras de vários artistas, com curadoria do VJ Kauê Lima, responsável, sozinho, por todas as etapas desde a organização das inscrições até as postagens nas redes sociais. Ele criou o evento por meio de uma campanha de financiamento coletivo pela plataforma APOIA. Se você tem alguma obra de arte e se interessa em mostrá-la, inscreva-se neste link: a participação é aberta a todos e todas, independente da habilidade artística ou formação. Todas as artes recebidas são projetadas, fotografadas e postadas nas redes sociais do projeto, mencionando o perfil do Instagram informado na inscrição.

A ARTISTA

Claudia Colagrande é uma artista plástica brasileira, arte-educadora e arteterapeuta. Suas pinturas refletem fases onde as técnicas criadas e exploradas são reflexões sobre a vida, filosofia, meditação e maneiras de ocupar o espaço com arte. Suas obras foram expostas em diversos espaços no Brasil e no exterior (França, Portugal, Espanha, Itália, Japão, Los Angeles). Como arteterapeuta, atuou atendendo a pacientes portadores de esquizofrenia e TOC, e publicou livros na área. Em arte-educação, ministrou dezenas de palestras e oficinas e atuou como docente em escolas e universidades. Bem, o currículo dessa mulher é de encher os olhos! Aqui, você consegue ver um pouquinho de tudo o que ela é, para se inspirar.

Impressões de Memórias, a última série que ela produziu, de 2011 a 2018, foi desenvolvida com pintura acrílica, spray e colagens, várias camadas de impressões em estêncil e fragmentos de papéis rasgados. Há trinta e quatro anos trabalhando com artes visuais, a arte abstrata, através de técnicas mistas, sempre foi sua forma de estar no mundo. Porém, após passar por uma cirurgia significativa no início do ano de 2020, Claudia se viu inspirada e impulsionada a se expressar de outro jeito, dando visualidade às mulheres que vinham à sua mente – assim teve início a série Mulher!

Já são mais de setenta mulheres pintadas de forma espontânea, que “expressam-se” de jeitos variados. Claudia explica: “O trabalho da Mulher corresponde à essência de cada momento, como uma flor na natureza que, em segundos, muda de cor, tamanho e expressão. O grande mistério expresso em várias faces e olhares manifestados no diferencial, na desigualdade de cada olho que me faz pensar: o que a mulher vê? Como ela é vista? Que cor ela escolhe? Que cor ela transmite? Que espaço ocupa? Assim elas são produzidas incansavelmente e coloridamente entre o olhar objetivo e subjetivo, carregando com leveza e força sua existência”.

Em seu Instagram, Claudia expõe de forma virtual suas mulheres e outras obras. Ela também tem um blog, no qual compartilha sua extensa formação, fala de técnicas, divide suas reflexões e mostra variados trabalhos realizados no decorrer da sua carreira.

Ficou inspirada? Se viu representada?

Agora, eu te convido a assistir a entrevista em que Claudia Colagrande fala sobre a origem e o desenvolvimento da série MULHER e conta os caminhos que estas “mulheres” vão trilhar depois de terem se espalhado pelas ruas, paredes e redes sociais!

Até o próximo Slime!

Jonathan Faria é ator, arte-educador, ilustrador, apresentador e ator de voz (voz original, locução, narração e dublagem).