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Divulgação/DC Comics
Divulgação/DC Comics

Dias atrás, desenhei uma nova heroína, inspirada no Outubro Rosa e em homenagem às mulheres que enfrentam ou enfrentaram o câncer. Ela é um misto de Mulher Maravilha com as guerreiras de Wakanda. Ainda não tem nome, mas já pedi, nas minhas redes sociais, para escolherem um para ela. Alguns já indicados são: Super Maria – sugerido por uma seguidora que enfrentou o câncer de mama há alguns anos; Miss Maravilha, Wakanda Maravilha, Safira, entre outros.

Ilustração do autor

No mesmo dia, após passar horas desenhando, fui passear pelas redes sociais e, para minha surpresa, encontrei várias matérias nas quais a DC Comics revela uma nova super heroína inspirada na mulher indígena brasileira, a Mulher Maravilha Yara Flor, que é da Amazônia.

Eu achei uma super coincidência eu estar desenhando algo no mesmo tema. Como dizia um amigo meu: “as coisas estão no ar... precisamos captá-las e realizá-las.” Claro que não tenho a pretensão de me tornar um quadrinista, nem a prepotência de me igualar a qualquer outro ilustrador ou ilustradora de HQs. Mas fiquei empolgado com a notícia e resolvi colocar aqui na coluna Slime.

Veicula-se que a mulher brasileira maravilha foi inspirada na atriz e modelo cearense Suyane Moreira, que ganhou notoriedade desfilando para grifes ao redor do mundo e posando para as Vogues italiana e alemã. Na TV, atuou em Novo Mundo, Gabriela e As Brasileiras, representando personagens de origem indígena, além de Os Mutantes.

A HQ tem autoria de Joelle Jones, a primeira ilustradorA a desenhar capas e quadrinhos do Batman em mais de duas edições consecutivas. É uma das quadrinistas mais conhecidas do mundo, ilustrando, além do Batman, também Super-Homem, Supergirl e Mulher-Gato. Sua carreira decolou entre 2015 e 2017, quando assinou a série de quadrinhos Lady Killer, que conta histórias de mulheres assassinas. A norte-americana foi indicada ao Prêmio Eisner, considerado o Oscar dos quadrinhos.

Joelle Jones

A Mulher Maravilha Yara Flor fará parte da linha DC Future Slate, mas não substituirá a clássica Mulher Maravilha, Diana Prince. A heroína brasileira se juntará a personagens clássicos e novos como, por exemplo, uma nova versão do Superman, que será o filho de Clark Kent. A história de Yara vai mostrar como uma humana se torna uma deusa, ao contrário da história da deusa amazona que tentava aprender a ser humana.

No cinema, o filme Mulher Maravilha, estrelado por Gal Gadot, é o primeiro filme dirigido por uma mulher, a cineasta Patty Jenkins, a ter um orçamento maior que 100 milhões de dólares.

Em sua estreia, se tornou também a melhor estreia para um filme com uma mulher na direção. Agora, Jenkins tem um novo longa prestes a ser lançado - Mulher Maravilha, 1984 – e estamos ansiosos!!!

Patty Jenkins

Nas história dos HQs, outras heroínas brasileiras tiveram seu espaço. Reuni aqui algumas delas e você pode encontrar uma lista com heróis e heroínas brazucas no site Aficionados.

NATA – Renata da Lima - Sua primeira e única aparição até agora aconteceu no volume 4 da revista Muties, publicado em 2002.

VELTA - Criada por Emir Ribeiro, Velta é o codinome usado pela adolescente mineira Katia Maria Lins. A estreia da personagem aconteceu em 1973.

MIRAGEM - As origens da Miragem, alter ego de Miriam Delgado, são brasileiras. A personagem faz parte dos Jovens Titãs, da DC.

MAGMA - Com aparições em Novos Mutantes e X-Men, ambos da Marvel, Amara Aquilla viu seus poderes aparecerem após ser jogada em uma piscina de lava. Crescida em uma colônia escondida na Floresta Amazônica, ela disfarçava sua identidade dizendo ser uma indígena brasileira.

YA´WARA - Esta guerreira brasileira é amiga do Aquaman, da DC. Ela faz parte da tribo dos Tapirape, que habita a região da Amazônia.

FOGO – Beatriz Bonilla da Costa, ou Bea, é uma personagem criada pela DC nos anos 70. Já foi chamada de Flama Verde e Fúria Verde e, ao longo dos anos, viu suas funções se alterando. Já foi desde modelo, dançarina e apresentadora de TV até presidente das indústrias Bruce Wayne no Brasil.

Você conhecia todas essas personagens? Neste mês tão importante, que reforça a necessidade de consciência e cuidados com a saúde da mulher por meio da campanha do Outubro Rosa, histórias de sucesso, luta, superação e possibilidades se tornam ainda mais fundamentais.

Claro que ainda há um certo estereótipo em retratar o Brasil apenas com indígenas, florestas e onças, mas, ainda assim, representatividade é importante, seja nos quadrinhos, na TV ou nas telonas. Precisamos nos ver e, principalmente, precisamos destacar os super-poderes das nossas mulheres. Que a nossa Mulher Maravilha Amazonense, Yara Flor, siga inspirando e representando a força da mulher brasileira!

Jonathan Faria é ator, arte-educador, ilustrador, apresentador e ator de voz (voz original, locução, narração e dublagem).