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A internet veio abaixo nos últimos dias com uma notícia bombástica: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não gosta, não quer e não permitirá mais que o povo norte-americano continue usando o aplicativo chinês mais amado da geração Z: o TikTok. Será que é verdade? Se for, como viveremos sem as dancinhas de Charli D’Amelio?

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Pra entender o que está acontecendo, vamos voltar lá atrás, em setembro de 2016, na China, no momento em que nascia um tal de Douyin, um aplicativo divertido de vídeos curtos que logo virou febre nos celulares orientais. Fez tanto sucesso que começou a derrubar fronteiras e logo veio passear pelo mundo com o nome de TikTok. Reconheceu?

A ideia do aplicativo era simples e genial: o usuário só teria que criar uma conta, seguir perfis de pessoas conhecidas ou não, curtir, comentar e compartilhar as publicações de quem ele quisesse. Ah, e claro, criar suas próprias produções de até um minuto de duração usando as ferramentas disponíveis.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Musical.Iy reinava como um dos aplicativos preferidos da geração. A própria Charli D’Amelio já era uma estrela por lá quando o gigante chinês chegou como um maremoto e comprou a empresa americana, tornando-se, assim, em pouco tempo, o aplicativo mais baixado do planeta.

@charlidamelio

dc @ondreazlopez

♬ Hatchback - Cochise


Daí pra frente, já conhecemos bem a história. Quem nunca viu um tiktoker (como são chamados os usuários do aplicativo) coreografando um novo sucesso, dublando algum texto aleatório ou gravando um desafio? Com a chegada da quarentena no início de 2020, as pessoas ficaram presas dentro de casa, e hoje o aplicativo ganhou ainda mais fôlego, conquistando milhões de pessoas. Na verdade, bilhões. E, pra ser mais exata, dois bilhões e um (esse um sou eu, porque também sou fã). Afinal, quem não gosta de brincar fazendo vídeos curtinhos que duram até sessenta segundos, usar muitos filtros divertidos, fazer dublagens musicais hilárias, e além de tudo, abusar de ajustes de velocidade?

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Pelo jeito, Donald Trump não gosta. Tanto não gosta que deu prazo para o tal TikTok se retirar do território dos Estados Unidos: quarenta e cinco dias. Isso seria no dia 15 de setembro. Como essa declaração já tem uns dias, temos ainda cerca de um mês para curtir os vídeos dos TikTokers do Hemisfério Norte.

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Mas por que o presidente dos Estados Unidos não gosta do TikTok? Porque sim.

"Porque sim não é resposta”, como diria sabiamente um certo alguém na TV Cultura. Portanto, vamos aos fatos:

Donald Trump não gosta porque, segundo ele, o TikTok estaria roubando os dados dos usuários e entregando para o governo chinês. Do outro lado, o aplicativo diz que isso não é verdade. Se é lorota ou não, não sabemos. A única certeza é de que se trata muito mais de uma briga política entre os governos dos Estados Unidos e da China. E, no meio, estamos nós, usuários.

Preocupado em proteger seu povo, Donald Trump só aceitaria que o aplicativo continuasse funcionando nos Estados Unidos caso fosse vendido a uma empresa norte americana. E logo, a Microsoft se habilitou. Será que o TikTok vai ser vendido mesmo? Os donos do aplicativo tem até dia 15 de setembro pra dizer se sim ou não. E se não for vendido? Daí, 80 milhões de estadunidenses terão suas contas apagadas. E, talvez, outros países de língua inglesa sigam esse boicote.

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E no Brasil? Também vamos perder esse grande produtor de memes? A princípio, isso não afetará as terras tropicais. Se será o fim das dancinhas perfeitas de Charli D’Amelio? Talvez sim. Talvez não. Saberemos até dia 15 de setembro. Vamos acompanhando esse novo desafio, pois a contagem regressiva começou: tik... tok... tik... tok…

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Helena Ritto é atriz, contadora de histórias, arteeducadora, apresentadora, atriz de voz e escritora.