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Juíza disse que promotoria reteve balas que poderiam ter sido favoráveis à defesa de Baldwin

O ator Alec Baldwin saiu triunfante de um tribunal de Santa Fé, no estado de Novo México, EUA, depois que a juíza anulou nesta sexta-feira (12/07) seu julgamento por homicídio culposo pela morte da cinegrafista Halyna Hutchins durante um ensaio para uma cena do filme Rust. A magistrada considerou que a promotoria não havia "revelado provas fundamentais para o réu".

A juíza Mary Marlowe Sommer determinou que a acusação foi "altamente culpada" por ter retido provas, não revelando a munição que poderia servir como prova a favor da defesa e que a única maneira de remediar o erro era arquivar o caso.

"Retenção intencional e deliberada"

"A retenção das provas pelo Estado foi intencional e deliberada", acrescentou Sommer ao proferir sua decisão, acrescentando que anulava o julgamento "para garantir a integridade do sistema judicial e a administração eficiente da Justiça".

A decisão foi anunciada no quarto dia do julgamento, pondo um fim abrupto a um caso que já havia sido arquivado uma vez. Como consequência, Baldwin não poderá ser julgado novamente.

Ao ouvir o veredito, o ator chorou. Logo depois, foi consolado pela esposa, Hilaria Baldwin, e também por seus irmãos Stephen e Beth, que estiveram com ele durante toda a semana.

O ator deixou o tribunal de Santa Fé acompanhado de sua família e sem dar declarações à imprensa.

Baldwin, de 66 anos, poderia pegar até 18 meses de prisão se tivesse sido condenado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) pela morte de Hutchins em um set de filmagem em outubro de 2021.

Enquanto ensaiava uma cena do filme, uma bala disparou do revólver Colt 45 que ele segurava, e que fazia parte dos adereços do filme, matando Hutchins.

Do lado de fora do tribunal, a promotora Kari Morrissey disse que respeitava a decisão, mas discordava do veredito.

(Lusa, EFE, AFP, AP)