biografia

Biografia - Elizeth Cardoso


24/07/2021 18h00

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O contato de Elizeth com a música veio de berço. O pai de Elizeth Cardoso era seresteiro e tocava violão. A mãe gostava de cantar. A família tinha ligação com a arte e a cultura. Ainda criança, Elizeth se apresentou na Sociedade Familiar Dançante Kananga do Japão. Aos oito anos de idade cobrava ingresso da garotada do bairro para ouví-la cantar os sucessos do rádio. Teve que ajudar no sustento da família e trabalhou como balconista e cabeleireira. Na sua festa de 16 anos, um dos convidados pelo tio da cantora foi Jacob do Bandolim, a quem foi apresentada. Elizeth cantou para os músicos presentes e Jacob a convidou para um teste na Rádio Guanabara. Na semana seguinte, Elizeth Cardoso era contratada para se apresentar semanalmente na emissora. Começava aí a carreira da cantora. No início não atuou só em emissoras de rádio, como também foi passista em uma revista, cantou em cabarés e circos, e foi taxigirl no Dancing Avenida.

Elizeth Cardoso participou do fim da era de ouro do rádio. Época em que o nome dos artistas eram seguidos de um slogan ou adjetivo, como “o rei da voz”, “o cantor das multidões”, “a personalíssima”, “o rei do baião”... Elizeth era a divina. E além de fãs brasileiros, conquistou admiradores ao redor do mundo, como Edith Piaf, Sarah Vaughan e Quincy Jones.

Em 1958, um disco seu mudaria a história da música brasileira: "Canção do amor demais". Lançado pelo Selo Festa, de Irineu Garcia, o álbum trazia parcerias de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Os arranjos eram de Jobim e duas faixas tinham João Gilberto ao violão, acrescentando a sua batida diferente e injetando na música brasileira uma modernidade até então nunca ouvida. Era o nascimento da Bossa Nova.

Elizeth Cardoso apresentou programas de televisão, chegou a fazer shows no Japão, e em países como França, Argentina, México, Chile e Uruguai. Foi também enredo de Escola de samba. Interpretou Heitor Villa Lobos no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, ganhando elogios rasgados de Vinicius de Moraes. Ao longo da carreira, a cantora passeou e se destacou em diversos gêneros. Mas o samba foi uma de suas marcas.

A "divina" faleceu em 7 de maio de 1990, pouco antes de completar 70 anos.

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