Saiba mais sobre projeto:
A Baixada Santista é a região com maior presença de população negra no estado de São Paulo: 38,5% do território. Já a cidade de Santos é a terceira mais segregada racialmente no Brasil, segundo Marina Pereira, gerente de comunidades e experimentações do Instituto Procomum. Ele está à frente do projeto “Memórias, narrativas e tecnologias negras da Baixada Santista”, realizado há cerca de um ano. O objetivo é mapear o protagonismo ancestral e contemporâneo da população negra na região em áreas como arte, cultura, economia, política e religiosidade.
Em parceria com o Instituto Ibirapitanga, a estratégia consiste na criação de conteúdo em diferentes linguagens, para mostrar a importância desses protagonistas na formação do Brasil como nação. Com uma metodologia denominada pesquisa-ação, o projeto investiga as práticas sociais e culturais da população negra na Baixada Santista a partir da inteligência coletiva. E envolve vários setores da sociedade na busca de memórias apagadas. Um dos colaboradores é o jornalista e escritor Marcos Augusto Ferreira. Ele desenvolve a pesquisa “Memórias Apagadas da Terra da Liberdade”, a partir de três eixos principais: o “passado mais que imperfeito”, com informações históricas desde a chegada dos primeiros negros escravizados à região, via Porto de São Vicente, o “presente que se revela”, sobre as heranças culturais, e o “futuro do verbo agir”, propondo ações de inclusão e de combate ao racismo.
O projeto já mapeou 114 locais onde há atividades, personagens e iniciativas da população negra na Baixada Santista, e produziu intervenções artísticas e conteúdo audiovisual.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.
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