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Fundação Padre Anchieta

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Reprodução/ ABL
Reprodução/ ABL

A escritora Heloísa Teixeira faleceu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos, em decorrência de insuficiência respiratória aguda causada por pneumonia. Ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea, no Rio de Janeiro.

Heloísa nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em 26 de julho de 1939, mas morava no Rio. Era integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde o ano passado, quando tomou posse da cadeira de número 30, sucedendo a escritora Nélida Piñon.

Escritora, pesquisadora, professora e crítica literária, foi a décima mulher eleita para a instituição, sendo reconhecida como uma das maiores pensadoras e uma das principais vozes do feminismo brasileiro.

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Através de seu Instagram e no site oficial, a ABL lamentou a morte da escritora e prestou algumas homenagens a “expoente voz da cultura brasileira”.

O presidente da academia, o jornalista Merval Pereira, destacou que Heloísa passou pouco tempo na ABL, mas o suficiente para marcar sua presença de forma indelével. “Heloísa trouxe a cultura das periferias para a Academia, com a Universidade das Quebradas, sempre pensando no amanhã, organizando palestras e debates. Uma mulher que, aos 83 anos, resolve mudar de sobrenome para se liberar, só pode ser extraordinária.”

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Trajetória

Heloísa graduou-se em Letras Clássicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e tinha mestrado e doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de pós-doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade de Columbia, em Nova York.

Foi idealizadora e fundadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da Faculdade de Letras da UFRJ, onde coordenou o Laboratório de Tecnologias Sociais, o projeto Universidade das Quebradas e o Fórum M, um espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.

Entre suas produções culturais, destacam-se artigos sobre políticas culturais, arte, literatura e feminismo. Alguns dos principais são: “Macunaíma, da literatura ao cinema”, “26 poetas hoje”, “Impressões de viagem”, “Cultura e participação nos anos 60”, “Pós-modernismo e política”, “O feminismo como crítica da cultura”, “Guia Poético do Rio de Janeiro”, “Escolhas – Uma autobiografia intelectual” e “Explosão feminista”.