Ouça na íntegra a coluna Atílio Bari desta semana!

Na coluna desta quarta-feira (30), Atílio Bari aborda as tradições do Halloween e suas raízes históricas. Celebrado em 31 de outubro, o Dia das Bruxas, como é conhecido no Brasil, remonta aos antigos rituais celtas, que usavam fantasias para se protegerem dos espíritos dos mortos que retornariam nesse dia. O colunista observa que, apesar da resistência da Igreja Católica na Idade Média, a tradição se manteve e foi popularizada pelos Estados Unidos.

Atílio reflete sobre a introdução do Halloween na cultura brasileira, que só ganhou força nas últimas décadas: “Aqui entre nós, o nome Dia das Bruxas não pegou muito, pouca gente usa. E a comemoração praticamente não existia no Brasil até uns 30 ou 40 anos. Dizem que as escolas de inglês é que começaram a difundi-lo, para incutir um pouco das expressões inglesas nas suas didáticas, não sei se a informação procede, mas é possível”.

Em contrapartida, ele menciona a ação do deputado Aldo Rebelo, em 2003, de instituir o Dia do Saci como uma alternativa nacionalista ao Halloween, valorizando figuras do folclore brasileiro, como o Boitatá, o Curupira e a Mula Sem-Cabeça. Apesar da ideia, Atílio lamenta que a iniciativa não tenha tido grande impacto: "A força da cultura norte-americana monopoliza corações e mentes, fazendo com que muitos acreditem que o que é de fora é sempre melhor".

Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também no aplicativo Cultura Play.

*Estagiário sob supervisão da jornalista Cirley Ribeiro – MTB 832/SC