Quincy Jones será conhecido como um Shakespeare musical
Produtor americano é quem representa de modo mais abrangente a genialidade da música afro-americana, afirma João Marcos Coelho
06/11/2024 12h00
Ouça na íntegra a Coluna João Marcos Coelho desta quarta-feira (6)!
O jornalista e crítico musical João Marcos Coelho dedica a coluna desta quarta-feira (06) a Quincy Jones. O produtor, compositor, arranjador e trompetista morreu no último dia 03 de novembro, aos 91 anos, em sua casa em Bel Air, em Los Angeles. O “gigante da música” foi reconhecido por trabalhos que vão de Count Basie a Frank Sinatra e pela reformulação da música pop ao colaborar com Michael Jackson. Uma de suas produções mais celebradas é o álbum Thriller, que entrou para a história como um dos mais vendidos de todos os tempos. Jones foi vencedor de 28 Grammys, dois Oscars honorários, um Emmy e um prêmio Tony, pela produção do musical A Cor Púrpura.
Quincy Jones também deixou sua marca na música brasileira, lembra João Marcos Coelho, citando o álbum Big Band Bossa Nova, lançado em 20 de dezembro de 1962, em Nova York. “Só tinha feras: Clark Terry no trompete; Roland Kirk na flauta e clarinete; Phil Woods no sax-alto. Paul Gonsalves no sax-tenor; o argentino Lalo Schifrin no piano; o guitarrista Jim Hall; o baixista Chris White; o baterista Rudy Collins; e dois percussionistas: Carlos Gómez e José Paula. E, cereja no bolo, o gaitista Toots Thielemans”. Para o crítico musical, Quincy Jones foi muitos, e será lembrado como um Shakespeare musical. “Será que um ser humano de carne e osso seria capaz de fazer tudo aquilo?”, reflete.
O jornalista e crítico musical João Marcos Coelho fala sobre música diariamente no Estação Cultura.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM e 77.9 FM estendida, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também no aplicativo Cultura Play.
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