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O compositor norte-americano Christopher Rouse, que viveu de 1949 a 2019, recebeu em 1989 uma encomenda da Orquestra Sinfônica de Baltimore para compor uma suíte sobre temas natalinos para coro e orquestra. A encomenda contou com o suporte financeiro do milionário Randolph Rothschild e do Fundo Cultural Barlow. Christopher Rouse desfrutava de grande prestígio nos Estados Unidos. O músico foi agraciado com o Prêmio Friedheim do Kennedy Center, com o Prêmio Grammy de Melhor Compositor Contemporâneo de Música Clássica, com o prestigioso Prêmio Pulitzer de Música e foi compositor residente da Filarmônica de Nova York, entre 2012 e 2015. Seu catálogo de obras compreende um Requiem, uma dezena de concertos para os mais variados instrumentos solistas e seis sinfonias, além de numerosas peças camerísticas e corais.
Rouse foi professor da Universidade de Michigan, da Eastman School of Music e a partir de 1997, da célebre Juilliard School de Nova York. Christopher Rouse faleceu no dia 21 de setembro de 2019 em decorrência de um câncer renal. No começo da década de 1980, o compositor começou a esboçar algumas ideias para criar uma obra de Natal inspirada no modelo da célebre cantata Carmina Burana de Carl Orff. A encomenda que recebeu em 1989 da Orquestra Sinfônica de Baltimore, que mencionamos há pouco, foi o ensejo para ampliar e finalizar a composição. A obra, em 11 movimentos, recebeu o título de Karolju, palavra criada por Rouse e aparentemente sem significado. Os movimentos utilizam textos em latim, sueco, francês, espanhol, russo, checo, alemão e italiano, alusivos às celebrações natalinas.
O compositor utilizou uma linguagem intencionalmente descomplicada e direta, com harmonias bem definidas e melodias muito cativantes. Muito embora a obra seja inteiramente original, Rouse citou no primeiro e no décimo movimentos da Suíte fragmentos da peça O fortuna, da cantata Carmina Burana de Orff. O quarto movimento da obra cita quatro compassos da Suíte Quebra Nozes de Tchaikovsky. A estreia deu-se em novembro de 1991 pelo Coro e Orquestra Sinfônica de Baltimore, sob a regência de David Zinman.
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